quarta-feira, 25 de julho de 2012

QUE SE LIXEM…


Alguém crê na sinceridade de um presidente de um Partido Político democrático que diz “Que se lixem as eleições” para salvar um país?

Esta afirmação apenas confirma que Passos Coelho mantem a ideia fixa do “CUSTE O QUE CUSTAR”, nem que para tal, se for necessário, que se lixe a democracia e, consequentemente, a opinião dos portugueses expressa nas urnas.

Mas como falar em salvar o país se cada vez mais nos afundamos, conforme os resultados com que todos os dias nos confrontamos?

Se Hugo Chavez  receasse perder as próximas eleições, não apresentaria melhor desculpa!

De frase em frase, Passos Coelho ou continua a demonstrar a sua imaturidade ou então que lhe resta, apenas, a sua fé (ou ambas).

O pior, é que, de momento, o poder está na sua mão e, tal como quando o mar bate na rocha, desta feita, quem se lixa não é o mexilhão, mas sim todos nós.



Mas creio bem que ele vai acabar por ser o pifarinho da versão alargada deste provérbio popular!





segunda-feira, 23 de julho de 2012

LUTA DE CLASSES – Lembrete



LUTA DE CLASSES – Lembrete


Revisitar as teorias de Karl Marx (e Engels) sobre a luta de classes, em qualquer simples enciclopédia, recorda-nos de como muito do que ele, então, disse, se mantém actualizado.

 Transcrevo, pois, aqui, apenas algumas ideias simples, porque, o que é simples, é que é verdadeiramente real e entendível. 


A luta de classes resulta do confronto entre os opressores (a burguesia) e os oprimidos (o proletariado) ou seja entre os proprietários (possuidores dos meios de produção) e os trabalhadores (possuidores unicamente da sua força de trabalho).

Na sociedade capitalista, a burguesia vai-se apoderando da mercadoria produzida pelos trabalhadores a quem resta apenas um salário que é pago, muitas vezes, para garantir a sua sobrevivência, por um valor mísero quando comparado com os das elites e com todo o resultado restante de que os proprietários se apoderam.
Por vezes, essa percentagem de “lucro”, ainda é aumentada pela via do acréscimo do tempo de trabalho, mantendo o salário.

É desta forma, que a classe predominante (uma minoria) vai acumulando excedentes e ganhando assim poder sobre todos os outros membros da sociedade.
Essa classe dominante tem características diferentes, (de acordo com cada período histórico).

Quando o “fosso” aumenta ao ponto de pôr em causa a própria sobrevivência dos mais desfavorecidos, as tensões entre a classe exploradora e os restantes membros trabalhadores da sociedade sobem de tom e os primeiros procuram, por todos os meios, manter o seu poder.  

Quando a situação se mantém e os poderosos se convencem da inevitabilidade do que vai ocorrendo e, que, com mais ou menos acção das forças da ordem, tudo se apazigua, as consequências são, normalmente, violentas e as classes exploradoras são depostas.

Será que desde que Karl Marx disse isto, algo mudou?

terça-feira, 17 de julho de 2012

CONTEI MEUS ANOS... Mário Andrade

Uma amiga minha relembrou-me este poema de Mário Andrade, que aqui vos reproduzo:



Contei meus anos...
                                                         MARIO DE ANDRADE
>
>
>
>
> Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
> para a frente do que já vivi até agora.
> Tenho muito mais passado do que futuro.
> Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
> As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
> poucas, rói o caroço.
> Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
> Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
> Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
> cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
> Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
> assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
> Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
> da idade cronológica, são imaturos.
> Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo
> de secretário-geral do coral.
> “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”.
> Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
> minha alma tem pressa...
> Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
> muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
> triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
> Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
> O essencial faz a vida valer a pena.
> E para mim, basta o essencial!
>
> Mário de Andrade
> (1893-1945)

IDEOLOGIAS


A)     A ideia da indispensabilidade tem sido defendida, desde há muito, sobretudo por políticos e militares que entendem que só as suas concepções são capazes de levar os países (sociedades) no único e bom caminho.
O que, entretanto, tem acontecido é que a sua concretização implica ter o poder e, depois, em consequência, tal poder é utilizado de forma indiscriminada, a partir da crença de que os fins justificam os meios, impondo, então, sacrifícios desmesurados, considerando-os justificáveis, por maiores que sejam, quando, dizem eles, os comparamos com os benefícios que virão a ser colhidos pelas gerações vindouras.

(um parêntesis para dizer que nunca entendi porque é que as gerações vindouras, sejam elas quais forem, hão-de beneficiar mais do que quer que seja, do que as presentes).

Mas, o que a história nos tem mostrado é que, a partir destes princípios, têm surgido ditaduras que resolvem as resistências a ferro e fogo, vindo-nos, logo à ideia Estaline, como um dos expoentes máximos dessas políticas.

B)      Nas actuais sociedades constitucionais e democráticas, as situações tendem a ser diferentes.
Mas é preciso deixar claro que não há inevitabilidades.
Por facilitismo, é preciso referir, de forma categórica, que o que opõe os keynesianos aos neoliberais, não são questões meramente técnicas para resolver problemas pontuais.
Trata-se, de facto, de concepções ideológicas diferentes de como conduzir a política e, consequentemente, organizar as sociedades.

C)      Os resultados desastrosos, que estão à vista de todos, como consequência da “mãozinha invisível” neoliberal da austeridade virtuosa que há-de regular os “mercados”, não podem, nem devem ser justificados pela simples crença que nos começam a querer impingir:

                  “de que o negócio é bom, o governo é que é mau”.

A Política é que está completamente errada.

D)     No caso de Portugal, o que acontece é que há uma coincidência:

A actual política não é solução e o Governo ainda contribui para o problema.


sábado, 14 de julho de 2012

REFLEXÃO - ESTADO DA NAÇÃO

Se forem ao dicionário, verificarão:


Significado de Desnorteado

adj. Que perdeu o rumo ou o sentido de direção; tonto, perdido.
Fig. Desalentado, desesperado.
Fig. Confuso, embaraçado.





A Questão, para reflexão, é a de cada um, ao ler tal significado, refira, de imediato, o que lhe veio ao pensamento sobre o "ESTADO DA NAÇÃO"



terça-feira, 10 de julho de 2012

O RELVAS É UMA ANEDOTA



Quando de um Ministro o mais importante são as anedotas que se contam a seu respeito, está criado o ridículo e nada mais deveria sobrar que o seu próprio pedido de demissão.
Mas com o Relvas é diferente, o seu descaramento é de tal ordem que ainda se faz de mártir, dizendo e desdizendo, mentindo e procurando desmentir ou, pura e simplesmente dizendo que foram meros lapsos.

Não resisto à tentação de reproduzir uma das milhares de histórias e anedotas que por aí andam:

Consta que quando interrogado porque razão tinha indicado como frequência o 2º Direito, quando apenas tinha uma cadeira do 1º ano, Relvas terá dito que se tratava de um lapso, porque quando disse  que frequentava o 2º direito queria referir-se  ao andar em que morava....


A PARTÍCULA DE DEUS


Assisti, um dia destes, pela televisão, a uma assembleia de “ilustres” cientistas que, de forma eufórica, aplaudiam o facto de, presumivelmente, terem descoberto (ou confirmado) a existência do “Bóson de Higgs”, a que alguns também designam por “Partícula de Deus”.
Para chegarem a esta presumível (sublinho presumível) descoberta, foi necessário construir um acelerador de partículas na fronteira entre a Suiça e a França que custou, pelo menos, 10 biliões de dólares.

É um facto que o homem, desde sempre, procurou encontrar (sem sucesso), uma resposta que justificasse a sua existência e, que, obviamente, irá continuar nessa senda sem descanso.
 Mas, dito isto, pergunto eu, talvez ingenuamente, como podem tão ilustres sumidades (o que não implica que sejam capazes de olharem a vida quotidiana de forma inteligente) canalizarem os seus privilegiados dotes em investimentos tão astronómicos apenas para esse fim, em vez de procurarem descobrir a forma (quiçá a partícula) de colmatar a desgraça de milhões de tristes crianças que, provavelmente, por força da existência dessa “Partícula de Deus”, morrem de fome, (repito de fome) num sofrimento que me parece impossível de imaginar em toda a sua dimensão.

E falamos nós em avanço civilizacional! Para quem?

Dez biliões de dólares para se concluir que, talvez exista não sei bem o quê (nem eu sei, nem muitos especialistas, que tenho ouvido, também não o sabem e, cá para mim, nem eles próprios têm a mais pequena certeza sobre a matéria).

Dez biliões de dólares de presunção !!!!!!

É irónico pensar em gastar tanto dinheiro e continuarmos no campo da fé.
Mas também vos digo, se, por acaso, fosse verdade que tinha sido essa “Partícula de Deus” que ocasionou o Universo, a Terra e a “Vida”, tal qual ela é, então dever-se-ia metê-la, de novo, nesse acelerador e acabar com ela de uma vez, evitando, assim, que, mesmo sem crer,  o tal deus, venha a criar outros locais como este onde tanta gente sofre, sabe-se lá porquê!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Professor Doutor RELVAS



Que o Relvas é um oportunista, um charlatão a quem se tem de reconhecer um certo jeito para enganar meio mundo,é um dado, há muito, adquirido.
Agora que o ensino superior privado permita esta enormidade de ser possível obter-se uma licenciatura através da entrega de um dossier sem que o candidato seja avaliado por forma a verificar, no mínimo, se o seu conhecimento sobre as matérias é aldrabado ou genuíno, é de pasmar, e descredibiliza, totalmente, tais escolas (universidades) ditas de ensino superior.

O RELVAS não é mais do que um "chico esperto", um macacão pronto a subir a qualquer galho desde que daí resulte, para ele, qualquer vantagem. As desculpas esfarrapadas que, normalmente, apresenta, dizem tudo sobre o tipo de fulano que ele é. O que é preciso frisar, é que, mau grado toda esta descarada escandaleira, o 1º Ministro afirma, publicamente, continuar a depositar nele toda a sua confiança.

Entretanto, o Administrador da Lusófona deve estar já a ajudar o Relvas a preparar um novo dossier, onde constem todas as besteiras que ele tem praticado enquanto ministro, para lhe ser atribuído, quando ele deixar de o sero grau de Professor Doutor num novo curso designado por "Aldrabices, Merdas e Confusões", de que, isso sim, ele é, sem dúvida, um requintado especialista.

terça-feira, 3 de julho de 2012

CINQUENTÕES


 


Cinquenta anos não se fazem todos os dias!
Tenho-me dedicado, exaustivamente, ao estudo desta matéria e, concluído, invariavelmente, que, durante a vida, desde o momento do nascimento, exactamente, cinquenta anos, só se festejam uma vez.
Existem teorias, mais ou menos especulativas, que procuram considerar os casos daqueles que conseguem repetir esse número de anos, mas os mais eruditos, cuja ideia compartilho, afirmam, a pés juntos, que, nessas circunstâncias, se atingiram cem anos e não duas vezes cinquenta.

A partir das diversas análises, que tenho vindo a fazer sobre tão imérito assunto, resolvi sistematizar as matérias recolhidas o que, quiçá, me levará, eventualmente, a escrever um livro sobre o tema, que poderá, por exemplo, intitular-se:

“Só faz cinquenta anos quem já fez quarenta e nove”

Além de ser uma verdade (o que nos tempos que correm é uma raridade) parece-me também um título muito apelativo!!!
Já tenho parte do Índice, sendo que um dos capítulos é dedicado à análise científica sobre o interesse de chegar aos cem anos.

Baseado na teoria de Albert Einstein, de quem, aliás, sou um fã, sinto uma enorme tentação de ser levado à conclusão que tal (como tudo) é relativo.
Repare-se que o cientista consagrou a ideia de que “matéria atrai matéria, na razão directa das massas…..” pelo que, a atracção, do que quer que seja, resulta relativamente da massa que cada um possuir…

Já no campo, digamos, menos prosaico e talvez mais ético, mas nem por isso menos importante, as minhas pesquisas conduziram-me à consagrada ideia de que “tudo vale a pena se a “alma” não é pequena” e aqui lá volta a relatividade ao pôr à prova a dimensão da “alma” de cada um.

Cautela, portanto, cinquentões, porque a massa e a dimensão da “alma” de cada um de vós podem ser decisivos nos próximos cinquenta anos!!!

Um dermatologista meu amigo, ensinou-me que as manchas e as rugas que começam a aparecer na pele a partir de certa idade, são, em grande parte, o resultado de, enquanto mais novos, se ter andado muito tempo ao Sol, pelo que, agora, o melhor mesmo é aproveitar a sombra.

No vosso caso, que eu me lembre, qualquer praia vos atraía e, normalmente, não vos via com o cuidado de porem boné.

De qualquer forma, amigos, uma cervejola ou mesmo um bom chá das “cinco”, tomados em boa companhia, podem muito bem ser, por muitos anos, um enorme prazer.

E é, exactamente, isso que aqui vos quero desejar! Cuidem-se…

Escrito numa noite de insónias a pensar no Jorge Manuel e no Paulo Morais, nascidos em Julho de 1962.