sábado, 29 de junho de 2013

PASSEIO ÀS FESTAS DE SÃO JOÃO, NO PORTO



CRÓNICA DESPRETENSIOSA

PASSEIO ÀS FESTAS DE
SÃO JOÃO, NO PORTO,

COM “BREVE” DESVIO NA MEALHADA

No Domingo, como previsto, partimos por volta das 10.00h, a caminho do Porto.
O tempo estava bom e, portanto, a viagem correu de forma descontraída.
Acontece, porém, que, provavelmente, mercê de hábitos adquiridos, o nosso carro começou a desviar-se da rota, avançando, decisivamente, na direcção da Mealhada. Como os esforços para o demover não resultaram, lá tivemos que nos sujeitar a fazer o reabastecimento no “Típico” com uns bons nacos de Leitão, regados com o vinhito da região.

Já mais aconchegados, partimos para a segunda etapa que nos conduziu até ao Hotel Vila- Galé – Porto, onde encontrámos um bom alojamento.
Feita a estiva, e tendo em atenção uma série de dicas da Zé e do Rui, demos corda aos sapatos e lá fomos na direcção da Sé.

Ali chegados, embarcámos num “minicomboio”, onde nos fizeram um desconto de um euro por pessoa, por sermos quatro. Foi bom!

Demos uma volteca e, de seguida, lá fomos relembrar a Sé por dentro, partindo, de imediato, a caminho do São João, nas Fontainhas.
Típico, mas pouco interessante, sendo que nos Restaurantes que tinham sardinhas assadas, as filas eram impressionantes e a “seca” para sermos atendidos era, no mínimo, de uma hora e meia.
Andámos por ali e resolvemos procurar nas ruas em redor onde encontrámos um pequeno restaurante/tasquinha e lá avançaram as sardinhas.
Pedimos quatro doses, mas duas de cada vez. As primeiras traziam 4 sardinhas cada, com batatas cozidas e salada, mas as segundas que traziam muito mais salada, tinham apenas três sardinhas cada.
O “patrão”, homem grisalho de ventre avantajado, de avental até ao peito, esclareceu os comensais que as sardinhas tinham acabado. Para satisfazer os pedidos, digo eu, fez um rateio e resolveu a questão, passando as doses para três.
Entretanto, foi-nos dizendo que tínhamos direito ao pão, às azeitonas, ao vinho à discrição, ao caldo verde, à sobremesa e ao café, tudo por 10 euros e ainda, já ao balcão, fez questão de nos servir uma aguardente especial, da sua própria produção.
Uma animação!
Saímos, todos contentes, direitos à Ribeira.

Uma multidão estava à nossa espera. Ficámos perplexos porque não nos tínhamos apercebido da nossa tão grande popularidade.
Foi emocionante, porque aquela “malta” formou alas para nós passarmos, saudando-nos com as tradicionais “marteladinhas” na cabeça, com martelos e alhos-porros de todas as cores e tamanhos.
Entretanto, lá iam subindo aos céus, os coloridos balões de S. João, saudados, efusivamente, pela multidão.
Uma alegria por pouco dinheiro!


À meia-noite, rompeu o fogo-de-artifício para gáudio daquela imensidão de gente, que ali estava há horas, esperando aquele momento.
No dia seguinte, numa reportagem, na Televisão, perguntava o repórter a uma assumida portuense.
- Esteve na Ribeira, ontem?
- Então não habia de estar - respondeu ela com o seu típico sotaque.
- E gostou do fogo-de-artifício?
-Não, não gostei…, - disse ela com cara tristonha.
- Então, porquê? – insistiu ele.
- Olhe, foi muito pobrezinho, muito pobrezinho – fez uma pausa e, com ar desolado,
rematou – tinha muito vermelho e pouco azul…

Na 2ª feira, visitámos o Palácio da Bolsa, cuja sala árabe é de facto sumptuosa e, ali mesmo ao lado, a Igreja de São Francisco (que certamente o Gaspar não conhece senão ainda rapava todo aquele ouro) e como não íamos ter tempo de visitar umas caves, compensámos com uma descida às catacumbas da Igreja.

A fomita, entretanto, estava a apertar e, portanto, rapidamente, chegámos à Ribeira, e mais concretamente junto do recomendado Restaurante “A Filha da Mãe Preta”, não sem antes constatarmos que lá estão, ainda, o “Cubo da Ribeira” e o São João Baptista, no seu nicho.
Só que, provavelmente, digo eu, a filha tinha ido passar o dia com a mãe e, por essa razão, o dito estava fechado.
Mesmo ali ao lado, há o Restaurante “Mercearia” e foi aí que nos reabastecemos para o resto do dia.
Como Serralves estava fechada, apanhámos um táxi para os Jardins do Palácio de Cristal, onde, de acordo com o Programa das Festas de S. João, havia um concerto por uma Filarmónica.

Estava muito calor e a sinfónica deu-nos música tipo “dodecafónica”, com um coral de miúdos que cantavam cada um para seu lado, o que, digamos, não foi muito aliciante. Aliás, pelas minhas contas estavam lá cerca de 250 pessoas, (sem contar com os músicos que eram 40 e as criancinhas que eram outras tantas). Ora, se estes 80 “artistas” levaram, cada um, três familiares, então não familiares seriam cerca de dez pessoas, entra as quais, quatro eramos nós próprios.

Nessa noite, fomos até uma Marisqueira em ”Mátosinhos” onde as Sopas de Peixe, a Salada de Búzios e a Sapateira recheada justificaram, largamente, a “visita” àquele monumento gastronómico.
Após uma passagem por Vila Nova da Gaia, regressámos a penates e dormimos que nem uns justos.

Na manhã seguinte, não visitámos o Museu Soares dos Reis, porque à terça-feira só abre de tarde, pelo que rumámos direitos à Figueira da Foz, mais concretamente a Buarcos onde, no Restaurante Teimoso, com vista para o mar, fizemos uma refeição à base de peixe.
Muito bom!

Tranquilamente, regressámos à Capital, após este agradável passeio, onde o tempo, sempre bom, foi um factor importante.  


Data: 23 a 25JUN2013

segunda-feira, 17 de junho de 2013

COMBATENTES DAS GUERRAS DO ULTRAMAR

Mantendo a tradição anual, os ex-militares da Companhia de Caçadores 763, que em 1965/66, combateram por Portugal e pelos portugueses, na Guerra da Guiné, juntaram-se, mais uma vez, para, em fraterna confraternização, relembrarem os indiscritíveis momentos em que, com nobreza de alma e abnegação, correram o perigo da própria vida, sendo que, infelizmente, alguns a perderam mesmo ou ficaram estropiados para todo o resto da sua existência.
Foi interessante ver aquele grupo de septuagenários, a quem o país nunca reconheceu
o seu heroísmo em prole da pátria e a quem está, agora, a sacrificar roubando-lhes aquilo que é deles, por direito próprio, manterem-se de cabeça erguida, prontos para uma nova luta, se tal for necessário.
Foi neste contexto que o ex-Alferes Paulos, dirigiu, aos presentes, as seguintes palavras:

Caros Companheiros e Familiares

Nestes nossos encontros, gosto sempre de relembrar o que exactamente há 48 anos, nesta data, andávamos nós a fazer pela Guiné

Em 16 de Junho de 1965, segundo a História da Companhia, andávamos a fazer simples patrulhamentos junto às Tabancas de Cantone, Mato Farroba, Iusse e Impungueda.
Mas dois dias depois, em 18 de Junho de 1965, deslocámo-nos a Catió, para escoltarmos o pelotão de Artilharia que estava em Cufar e que se deslocou para a sede do Batalhão. No caminho foram detectadas, na estrada, duas minas A/C de madeira e duas minas A/P, que foram rebentadas no local. Acontece que uma das minas estava armadilhada e o Alferes miliciano Abrantes, comandante do Pelotão de Artilharia, que, entretanto, se deslocara para junto do local onde estavam as minas, pisou uma das A/P, ficando gravemente ferido com o pé direito totalmente desfacelado, fracturas expostas na perna e queimaduras na coxa direita.
Foi evacuado para Cufar e depois para o hospital de Bissau, mas acabou por ficar sem a perna.

Nesse mesmo mês, uns dias antes, mais precisamente, no dia 10, realizou-se a Operação Saturno na região de Cabolol.
Foi uma operação indiscritível!
Encontrámos um acampamento inimigo, em plena mata, eram 05.30h da manhã e perante uma enorme fogachada da parte deles, com armas ligeiras, metralhadoras pesadas e lança granadas foguete, conseguimos reagir e contra-atacar, assaltando o acampamento, conquistando-o e destruindo-o. Para mim, é talvez o momento em que mais senti a sensação do “ou matas ou morres”. A coragem que todos os que ali estavam demonstraram, correndo, aos gritos e aos tiros, de peito feito, na direcção do Acampamento deles, foi decisivo e é impossível de descrever.
Sofremos 4 feridos, um dos quais de forma grave, tendo sido, então, evacuado para Bissau.

A estes dois exemplos, em que um dos nossos ficou sem uma perna para sempre, poderíamos juntar outros da nossa Companhia, ou de outras unidades em que nossos camaradas de armas perderam mesmo a própria vida, para ilustrar bem, a injustiça que este país e quem o governa tem tido para com os seus combatentes, ao longo do tempo, não só não reconhecendo a dívida que tem para connosco, como, pelo contrário, roubando-nos agora parte das nossas reformas, dinheiro nosso, que eles tinham apenas à sua guarda. 

Essa gente que por aí anda trata os pais e avós como carneiros, achando que ainda lhes devemos agradecer por estarmos vivos.

Por isso, meus amigos, relembro, agora e aqui, o que foi escrito na primeira página da História da Companhia pelo inesquecível nosso Capitão Costa Campos.

Diz lá:

Entre o Passado onde repousam as nossas Lembranças
E o Futuro onde se dirigem as nossas Esperanças,
Está o Presente onde se levantam os nossos Deveres.

Por isso, meus amigos, é preciso, como o estamos a fazer aqui hoje, dar o testemunho de que ainda estamos vivos, e que o Dever que hoje se levanta para nós, é o de, à semelhança de Cabolol, antes que eles nos matem, temos de ser nós a correr com eles.

Não temos uma G3, mas temos a arma do voto.

Obrigado amigos pela vossa presença, que me revitaliza sempre a vontade de continuar a viver e a lutar.


Obrigado a todos.


domingo, 16 de junho de 2013

RATO ESCONDIDO…

É curioso verificar que muitos dos outdoors do PSD e CDS, relativos às Eleições Autárquicas, apresentam apenas pequeníssimos símbolos desses Partidos, quase escondidos a um cantinho, como que aparentando vergonha em se assumirem.

Em Cascais, por exemplo, o próprio Candidato Carreiras, que, como todos sabem, sempre foi um apoiante incondicional de Passos/Relvas e Gaspar, igualmente, nesses cartazes, mal se vê, procurando, por essa via, demarcar-se da ligação à política do actual Governo.

Esta tentativa de disfarce, não pega, e, o slogan “TODOS somos Cascais”, nem sequer esconde a discórdia que reina no seio da Coligação.

Os “Todos” são cada vez menos e começam a estar aflitos porque sentem, nitidamente, por cada dia que passa, que o terreno lhes foge mais debaixo dos pés.  

É demasiado “GATO ESCONDIDO COM RABO DE FORA”…


Ou, numa nova versão, mais a condizer: “RATO ESCONDIDO COM CARA DE FORA”.

sábado, 8 de junho de 2013

METEOROLOGIA



O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, justificou que “o investimento” previsto para o início deste ano foi “adversamente afectado pelas condições meteorológicas”.

O "gajo" passou-se de vez!

A seguir, deve vir dizer que não acerta uma única previsão porque o nevoeiro o impede de ver o que quer que seja que se situe a mais de três centímetros das suas olheiras.







Vitor Gaspar é uma fraude...

        

segunda-feira, 3 de junho de 2013

SABEDORIA


   

Citando, de memória, o que disse Adriano Moreira na SIC Notícias:

...Mais grave do que não se ver a luz ao fundo do túnel, é "eles" não saberem onde está o túnel...



Digo eu:
Penso mesmo que "eles" nem sequer sabem que existe um túnel.
 Passam a vida a correr para onde estão virados e a bater, constantemente, com a cabeça na parede.