segunda-feira, 29 de abril de 2013

REFLEXÕES de MILLOR FERNANDES


  • "Esta é a verdade:   A vida começa quando a gente sabe que ela não dura muito."

  • "Não devemos resistir às tentações. Elas podem não voltar."

  • "De todas as tara sexuais, não existe nenhuma mais estranha  do que a abstinência."

sexta-feira, 26 de abril de 2013

UM NOVO CONSENSO

O Presidente da República, Cavaco Silva, numa jogada de puro cinismo, teve o descaramento de, em plena Assembleia da Republica, no dia 25 de Abril, apelar ao consenso e, simultaneamente, fazer um discurso claramente partidário, onde apoiou a continuação da política de severa austeridade que vem sendo seguida pelo actual Governo e que levará, inexoravelmente, a um atraso civilizacional de várias dezenas de anos, exactamente  o contrário dos grandes objectivos de Abril.

Cavaco é um falso. Com o seu arzinho de pessoa simples vai exercendo o seu mandato de forma a defender o seu cargo e os seus interesses pessoais.

Cavaco Silva estabeleceu um novo consenso entre o Presidente da República, o Governo e a Troika.
Não se compreende que, quem apregoa que a estabilidade política é essencial, tenha feito um discurso incendiário.

Aníbal Cavaco Silva já não engana ninguém.
É um cínico que deixou cair a máscara.
Cavaco é, cada vez mais, o Presidente de uma escassa minoria de portugueses!








terça-feira, 23 de abril de 2013

CAVACO SILVA vs SARAMAGO


O Presidente da República, Cavaco Silva, tem vindo a ser muito criticado por não se ter referido a José Saramago, Nobel português da Literatura, exactamente, na inauguração da Feira do Livro, em Bagotá, Colômbia, onde Portugal era convidado de honra.

Tal atitude mesquinha mostra bem que, de facto, “não é o lugar que faz a pessoa”.

Cavaco é aquele ser que fala com a boca cheia de bolo-rei, a quem a mulher ajeita o colarinho, que faz declarações políticas à saída de uma fábrica de cogumelos ou de enchidos e faz avisos muitos avisos, mas é inconsequente.

Não sei definir um alarve, mas é fácil dar um exemplo…

Cá por mim até me parece que foi bom que nada dissesse porque, provavelmente, nada sabia para dizer.

Citando Saramago:

"Seria incoerente que me opusesse a que um escritor coma do que escreve, o que me parece, isso sim, condenável, é que escreva quando não tem nada para dizer."

                                                                                             

sábado, 20 de abril de 2013

O CONSENSO*…


De repente, deu uma “tremedeira” ao Governo e descobriu a necessidade do CONSENSO.

Mas, Consenso acerca de quê?

É que Consensos já há, pelo menos dois e ambos criados pelo Governo.

De facto, ao adoptar as políticas ditadas pelos credores como suas, o Governo conseguiu o Consenso com a Troika, com o Durão Barroso, com a Merkel e com a elite neoliberal da Europa, que continua a apostar “no quanto pior melhor”, ou seja, em mais Austeridade e mais Pobreza, procurando, por essa via, que os países mais debilitados se transformem em zonas de baixos salários, onde as grandes potências poderiam vir a produzir a baixos custos.
Mas, a realidade provou que as experiências na América do Sul não resultaram e, na Europa, os resultados estão bem à vista, demonstrando que essas Políticas são um falhanço total, que só trazem Desemprego e Fome, destroem as Famílias, levando-as à humilhação e ao desespero.

O outro Consenso está, igualmente, bem à vista.
Basta ouvir as Oposições em geral, e o PS em particular, mas também uma grande parte da elite do outro PSD (tendência social democrata) e, mesmo dirigentes do CDS ou, ainda, os Parceiros Sociais (Sindicatos e Patronatos), para além da maioria da população (empregados, desempregados, reformados), para se perceber que há um largo Consenso na Sociedade Portuguesa acerca da rejeição das políticas seguidas pelo Governo e da necessidade urgente de o fazer parar ou, mesmo, de o substituir.

No meio de toda esta situação dramática, o Aníbal faz que anda mas não anda, como dizia o Jô Soares “não me comprometam”, está na Colômbia, de mão dada com a sua “desempoeirada” esposa, congratulando-se porque o Passos e o Seguro se juntaram e, portanto, está tudo bem, obrigado.
Belém faz lembrar uma “Aldeia da roupa branca”.

O Governo está em desespero e procura, agora, uma muleta que lhe permita chegar ao fim da legislatura. O novo ministro, Poiares Maduro, na conferência de Imprensa, referiu-se ao Consenso doze vezes.

Mas Consenso acerca de quê, se não se vê da parte de Passos Coelho um único acto que demonstre a vontade de mudar de política?

Já não parece haver CONSENSO que lhes valha!


* Consenso - "O consenso leva em conta preocupações de todos e visa resolvê-las/aclará-las antes que a decisão seja tomada. O mais importante, neste processo é incentivar um ambiente em que todos são respeitados e todas as contribuições são avaliadas. O consenso formal é um processo de decisão mais democrático”.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

INVEJA … AO ENTARDECER


Da imprensa:

O Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, acusa os países europeus de terem inveja da Alemanha.

Praça do Comércio, Abril de 2013, fim de tarde de um dia primaveril!

A Ribeira das Naus, que vai do Cais do Sodré ao Cais das Colunas, foi alindada e permite, agora, a todos os que por ali passam, uma lindíssima vista sobre o estuário do Tejo, que é cruzado em todas as direcções, ora pelos novos Cacilheiros, ora por enormes Porta-contentores ou, também, por um Paquete repleto de passageiros que, da amurada do navio, contemplam a cidade das sete colinas. Mais ao fundo, uma fragata e dois pequenos veleiros deslizam suavemente nas calmas águas do rio.
Se juntarmos a tudo isto o esvoaçar elegante das sempre presentes gaivotas e as pequenas ondas que se desfazem em espuma no seu vai e vem constante, teremos um quadro digno de poder ter sido pintado por qualquer dos mais famosos impressionistas que conhecemos.

Lisboa, com a sua luz própria, é uma capital como não há outra.
A Praça do Comércio ou Terreiro do Paço, como era anteriormente designada, está animadíssima, com as novas esplanadas repletas de turistas.
À direita de quem está virado para o Arco da Rua Augusta, foi, não há muito tempo, inaugurado um “Lisboa Story Centre - Memórias da Cidade”.
Trata-se de um interessante local, cuja visita se aconselha, vivamente, onde, de uma forma original e pedagógica, nos é apresentada a História de Lisboa, desde as suas origens até à actualidade.

Qualquer Alfacinha que se preze, como é o meu caso, tem ocasião de alimentar o seu ego e rever a capacidade que os Portugueses (de que os Lisboetas são parte) sempre tiveram para ultrapassar adversidades, por mais difíceis e inesperadas que elas tenham sido, com solidariedade e alegria.

A nossa Histórica é única.
Demos mundos ao mundo e, a nossa presença nos mais diversos continentes, acabou sempre por gerar um sentimento de irmandade de que a “lusofonia” é um exemplo indiscutível, fruto do humanismo que sempre caracterizou o povo português.

Não pretendemos dar lições de História a ninguém, mas também não carecemos de as receber!

Somos um povo com pergaminhos formado por Famílias normalmente alegres e trabalhadoras, pacíficas por natureza, que querem, somente, viver a vida com prazer, mas que não abdicaram de lutar pela sua dignidade, sempre que tal foi necessário.
E assim será, certamente, no futuro!

Lisboa está linda!
Na zona ribeirinha passeia, agora, ainda mais gente de todas as idades e das mais diversas proveniências, que não precisam de invejar este entardecer em beleza, porque os portugueses, fraternalmente, consideram-no um bem da humanidade e têm, por isso mesmo,  um enorme prazer em o partilhar.

INVEJA?
Mas que têm eles, realmente, que possamos invejar?
O que nos vem à mente, quando ouvimos o tom superior deste Ministro das Finanças alemão, são apenas más lembranças! 
                                                                                   

quinta-feira, 11 de abril de 2013

JOSÉ LUIS ARNAUT


José Luis Arnaut, no programa da SIC, “frente a frente”, teve o descaramento, o desplante e a insensatez de referir que os Juízes do Tribunal Constitucional julgaram em causa própria, visto que também eles seriam atingidos pelo corte do subsídio de férias.

Luis Arnaut, que se vem evidenciando por tenter defender causas perdidas do actual Governo, de quem, aliás, mais parece um porta-voz, deveria, enquanto jurista e não só, respeitar as decisões dos Juízes mas, sobretudo, não pôr em causa a sua honra como resulta daquilo que disse.

Luís Arnaut é sócio de um Gabinete de Advogados a quem o Governo encomenda estudos, pareceres, etc. pagos a peso de ouro, pelo que, provavelmente, lhe convém que esta situação se mantenha.

É bom lembrarmo-nos que Luis Arnaut, com aquele ar de “VALETE de COPAS”, foi, recentemente, nomeado Administrador não executivo da REN e que fez parte do “Trio”, conjuntamente com Dias Loureiro e Miguel Relvas, que passou férias de luxo num sumptuoso Hotel no Rio de Janeiro, apesar da penúria que ele e o Governo advogam para os portugueses.

Haja Deus!!!

                                                                                                 
                     

O DESPACHO


O Ministro das Finanças, em consequência, como ele refere, do Acordo do Tribunal Constitucional, resolveu emitir um DESPACHO que faz depender da sua autorização todas as despesas que os diversos serviços dos vários ministérios tenham de contrair.
Para além de ser ridícula, visto que nem sequer estabelece um plafond mínimo, tal medida é inexequível, visto que, na prática, paralisaria o país.

Trata-se, de facto, de uma atitude birrenta, de menino leitinho, porque o estão a contrariar, uma medida sem nexo, tanto mais que tal demonstra uma falta de confiança nos restantes colegas ministros.

A justificação, de que tal atitude resulta do desequilíbrio do Orçamento provocado pela consideração das inconstitucionalidades, não colhe.
Então, quando durante o ano de 2012 se constatou, em Setembro, a derrapagem na execução orçamental, o Ministro deveria ter agido de igual forma, mas não o fez. E, atenção, o “buraco” então resultante foi mais do que o dobro do que o valor que resulta destas novas e repetidas inconstitucionalidades.
E mais! Quando o Governo já veio admitir que afinal a recessão, em 2013, não vai ser o previsto no Orçamento, mas sim o dobro, obviamente que é preciso refazê-lo e, na altura, o Ministro não avançou com nenhum Despacho.

Vitor Gaspar quer fazer-nos de parvos.
Vitor Gaspar, depois de ir a Belém, quis mostrar que quem mandava era ele.
Vitor Gaspar é o “dono da bola”. Ou o jogo é com as regras que ele dita, ou leva a bola e ninguém mais joga.
Vitor Gaspar, pouco a pouco, vai deixando transparecer o que de facto é.
         “Queres conhecer o carrasco, põe-lhe o chicote na mão”

Vitor Gaspar é um obcecado perigoso.

Vitor Gaspar é que precisa de ser DESPACHADO e em GRADE VELOCIDADE !!!

                                                                                     

terça-feira, 9 de abril de 2013

CARLOS CARREIRAS E A QUINTA DOS INGLESES


Tanto quanto reza a história, a Quinta dos Ingleses, cuja origem remonta a meados do séc. XVIII e que situa frente à Praia de Carcavelos, foi, em tempos, denominada Quinta Nova de Santo António, em consequência da existência de uma capela dedicada aquele Santo e que se integrava num notável solar cercado por um belo jardim, decorado com estátuas e lagos, bem como de um pomar e vinhas e rodeado de um vasto arvoredo de que hoje ainda existe o pinhal.

Mais tarde, foi vendido a uma empresa inglesa de comunicações por cabo submarino que, nos princípios do séc. XX, ali construiu variadíssimas estruturas desportivas para possibilitar actividades de lazer aos seus funcionários.

Entretanto, em 1932, forma-se o St. Julian’s School, que acaba por ficar com as instalações da empresa, enquanto todos os restantes terrenos circundantes são vendidos à Sociedade Imobiliária Savelos, sendo hoje propriedade da Alves Ribeiro/Savelos.

Esta zona privilegiada tem sido alvo da apresentação de vários projectos de urbanização que, sistematicamente, têm vindo a ser “chumbados”, ou por não se enquadrarem no PDM, ou por não garantirem a preservação do meio ambiente e terem, sobretudo, como objectivo principal a maximização dos proveitos imobiliários para ali propostos.

Nos últimos anos, o próprio António Capucho, enquanto Presidente da Câmara de Cascais, nunca deu seguimento às várias hipóteses apresentadas porque, presume-se, não concordaria com elas.

Pois bem, subitamente, Carlos Carreiras, actual Presidente/substituto, a menos de 6 meses das eleições autárquicas, tem um “ataque” de zelo e faz aprovar um projecto (com os votos contra do PS e a abstenção da CDU) em que se prevê a construção de edifícios de sete andares na frente ribeirinha, o que constitui não só um atentado urbanístico e paisagístico, mas também, face à área de construção prevista, um ataque ao meio ambiente daquela nobre e exclusiva zona da faixa marítima.

De repente, sem mais nem menos (ou talvez não), Carlos Carreiras, qual Miguel Relvas de Cascais, avança sem que ninguém o possa travar, procurando, antes das autárquicas, fazer andar o projecto, “não vá o diabo tecê-las” e ele perder as eleições (como, aliás, irá acontecer), não podendo, então, concretizar esta sua intenção.

Observe-se a diferença da publicidade que é feita das deslocações do Presidente/substituto quando vai inaugurar o que quer que seja, e a informação que foi dada sobre esta tão importante questão!
Quantas pessoas do Concelho de Cascais, ou a ele ligadas, tiveram conhecimento prévio desta resolução?

Temos de estar atentos, porque o Relvas desapareceu mas o Carreiras é da mesma escola!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

LIÇÕES DA HISTÓRIA V (textos/pesquisa)


 
7 – AS INVASÕES FRANCESAS

A partir da ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder (1799), a Espanha alia-se à França para, por meio da invasão e da divisão de Portugal entre ambos, atingirem, indirectamente, os interesses comerciais do Reino Unido, nosso aliado.

Por três vezes o exército francês, com todo o seu poderio, invadiu o território nacional, mas em todas elas, com a ajuda dos britânicos, foram rechaçados e vencidos.

As lutas e escaramuças ocorreram em todo o território, contando-se variadas vitórias sobre os franceses que, ao chegarem às Linhas de Torres foram enfrentados pelas tropas luso-britânicas que os derrotaram, obrigando-os à retirada.

Ao longo da História, tem-se provado,
que, nem sempre os aparentemente mais poderosos, o são de facto.


8 – A DITADURA E O 25 DE ABRIL

O Estado Novo (Ditadura Salazarista) foi um regime político autoritário, em que o poder legislativo, executivo e judicial estavam concentrados no chefe do Governo.
Este regime durou 41 anos (1933 / 1974).

 Para garantir o regime, existia a PIDE, polícia política, que tinha como função a repressão, impedindo qualquer forma de oposição ao Estado.
Outro pilar de apoio à “situação” era a Legião Portuguesa, organização paramilitar, conhecida como os “camisas castanhas”.
Seguindo os exemplos dos fascistas, foi fundada a Mocidade Portuguesa que pretendia preparar a juventude para o “engrandecimento da nação”.
Por sua vez, a Censura encarregava-se de, previamente, censurar publicações, emissões de rádio e de televisão, protegendo a doutrina e a ideologia do Estado e defendendo a moral e os bons costumes.

Os ideais políticos baseavam-se no Proteccionismo, no Corporativismo e no Colonialismo.

A polícia política que agia como meio de “prevenção/dissuasão” e de “punição/repressão” caracterizou-se pelo uso permanente de meios violentos e por uma continuada e permanente violação da legalidade.
O recurso à tortura e ao assassinato assumiram carácter sistemático, de que se salienta os casos emblemáticos de Dias Coelho e Humberto Delgado.
 
Apesar do medo (terror) em que se vivia e da proliferação de “bufos” a soldo da PIDE, que nos coarctavam totalmente a liberdade, a 25 de Abril de 1974, a Ditadura foi derrubada e o povo desceu à rua apoiando e tornando possível a instauração da Democracia em Portugal.



Ao longo da História, tem-se provado,
que, nem sempre os aparentemente mais poderosos, o são de facto.

LIÇÕES DA HISTÓRIA IV (textos/pesquisa)


 
6 – A RESTAURAÇÃO

O desaparecimento de D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir ocasionou uma crise dinástica em Portugal, tendo o trono sido ocupado, primeiro pelo Cardeal-Rei D. Henrique e, depois,  por Filipe II de Espanha, que era neto de D. Manuel I.
Durante 60 anos, Portugal esteve sob o “domínio filipino” (1581/1640), sendo, na prática, como que uma província espanhola.

Ao longo desse período, os Burgueses portugueses foram empobrecendo e os Nobres, não só iam ficando mais pobres, como viam os seus cargos ocupados pelos espanhóis. Para além disso, os Impostos pagos pelos portugueses estavam a ser utilizados para custear as despesas do Império espanhol.

Perante esta situação, começa a ser cada vez mais poderosa a ideia da recuperação da independência, a que aderem todos os grupos sociais.

Inicia-se, então, uma conspiração organizada por um grupo de nobres – cerca de 40 conjurados – que, no dia 1 de Dezembro de 1640, invadem, de surpresa, o Palácio Real e matam Miguel de Vasconcelos*.
A revolta toma, imediatamente, corpo, em todo o país, com o povo em geral (urbano e rural), dando o poder reinante a D. João IV, então Duque de Bragança.

Durante 28 anos os portugueses sustiveram as sucessivas tentativas de invasão pelos exércitos de Filipe IV e vencendo-os nas mais importantes batalhas em todas as frentes, tendo culminado com o Tratado de Lisboa (1668), em que foi estabelecida a paz definitiva entre as partes, reconhecendo a Espanha a Restauração da Independência de Portugal.

Ao longo da História, tem-se provado,
que, nem sempre os aparentemente mais poderosos, o são de facto.


*Miguel de Vasconcelos era um político português que, durante o domínio filipino, desempenhou o cargo de “Escrivão da Fazenda e de Secretário de Estado” em nome do rei Filipe IV de Espanha     (Filipe III de Portugal), tendo plenos poderes para aplicar pesados Impostos em Portugal.
Era, obviamente, odiado pelo povo porque, sendo português, colaborava com os representantes da dominação filipina.
Foi a primeira vítima do golpe do 1º de Dezembro, pois, os Conspiradores, ao invadirem o palácio e, ao encontrarem-no escondido num armário, mataram-no e, de seguida, atiraram-no pela janela fora.

                                                   

LIÇÕES DA HISTÓRIA III (textos/pesquisa)


 
4 – OS DESCOBRIMENTOS

A população portuguesa, no início do séc. XVI, não passaria de cerca de um milhão de pessoas.
Apesar desse escasso número de habitantes, Portugal foi o primeiro “Império global” da História, espalhado ao longo de um vasto número de territórios.

Se o expansionismo inicial pode ter tido motivos militares e evangelizadores, o interesse pelo lucrativo comércio das especiarias teve, naturalmente, enorme relevância.
Aliás, as enormes dificuldades que o país então atravessava:

- falta de cereais e ouro;
- necessidade de alargar a área de pesca;
- desejo da Nobreza de realizar feitos guerreiros;
- desejo da Burguesia de expandir o comércio:
- desejo do Clero espalhar a fé…

são razões fortemente motivadoras para, através da expansão, suprir tais necessidades.

O que importa salientar é que os portugueses, povo de um dos mais pequenos países da Europa, avançaram e conseguiram o enorme feito de descobrir novas terras e influenciar toda a cultura europeia do séc. XVI, tanto no campo das Artes, como no das Ciências, revelando novos mundos ao mundo.


Ao longo da História, tem-se provado,
que, nem sempre os aparentemente mais poderosos, o são de facto.

5 – AFONSO DE ALBUQUERQUE

Afonso de Albuquerque é reconhecido como um génio militar, cujas acções foram essenciais para o estabelecimento do Império português no Oceano Índico.
Governador da Índia portuguesa, com uma força nunca superior a quatro mil homens, estabeleceu a capital do Estado português em Goa, conquistou Malaca, chegou às Ilhas Molucas e dominou Ormuz (entrada do Golfo Pérsico), etc.

Em 1507, após a tomada de posse da Ilha de Ormuz, surgiu um enviado da Pérsia, exigindo o pagamento do tributo ao Xá Ismail.
Afonso de Albuquerque enviou, de volta, o emissário, com a resposta que o tributo seria apenas de balas de canhão e outras armas se por acaso lá voltasse.

As relações com o Xá da Pérsia começaram desta forma…


Ao longo da História, tem-se provado,
que, nem sempre os aparentemente mais poderosos, o são de facto.

LIÇÕES DA HISTÓRIA II (textos/pesquisa)


3 – O CABO BOJADOR

O Cabo Bojador era conhecido pelo Cabo do Medo.
As embarcações, que tentavam dobrá-lo, desapareciam, o que fez surgir o mito da existência de monstros marinhos e, portanto, a crença da sua intransponibilidade.

Numa prova de audaz persistência, em 1434, Gil Eanes, com apenas 15 homens, numa barca com um só mastro e uma única vela redonda, manobrando para oeste, longe da costa, logrou passar o Cabo, destruindo, dessa forma, os infundados receios.

Abriam-se, assim, os caminhos para os grandes Descobrimentos, que os navegadores portugueses vieram a concretizar.

MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.





Ao longo da História, tem-se provado,
que, nem sempre os aparentemente mais poderosos, o são de facto.

LIÇÕES DA HISTÓRIA I (textos/pesquisa)



1 - A FUNDAÇÃO DO REINO

Por morte do Conde D. Henrique, sua mulher, Dona Teresa, que exerceu a regência durante a menoridade do filho, teve de negociar um Tratado, em que o Condado Portucalense se manteve como vassalo do rei de Leão.

Mais tarde, D. Afonso Henriques ao opor-se a uma união galego-portuguesa, entra em conflito com a mãe, vindo a vencê-la na Batalha de S. Mamede, em 1128.

Apesar da dimensão e do poderio do reino de Leão e Castela, D. Afonso Henriques continua a lutar contra seu primo Afonso VII, autoproclama-se rei de Portugal, acabando por conseguir o reconhecimento, por parte daquele soberano, da independência de Portugal, pelo Tratado de Zamora, em 1143.


Ao longo da História, tem-se provado
que nem sempre os aparentemente mais poderosos o são de facto.

2 - A INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL

Após a morte do rei D. Fernando, Portugal correu o risco de perder a independência.
O trono era, então, reivindicado por Castela, que pretendia que a sucessão recaísse sobre Dona Beatriz, filha única de D. Fernando e Dona Leonor Teles, princesa essa que tinha casado com o rei D. João I de Castela, quando tinha onze anos de idade.

Acontece que a rainha Dona Leonor tinha um romance secreto com um tal de Conde Andeiro, galego, que apoiava o lado castelhano na sua tentativa de se apossar do trono, situação que a voz popular não aceitava, gerando-se mesmo um descontentamento geral que, rapidamente, se transformou num apoio ao Mestre de Avis, que após ter liquidado o Conde, foi proclamado como D. João I rei de Portugal, nas Cortes de Coimbra de 1385.
 
A guerra com Castela prolongou-se por vários anos e, apesar do poderio daquele exército, o certo é que, as tentativas de invasão por parte dos castelhanos foram sempre rechaçadas, até que os portugueses, na decisiva Batalha de Aljubarrota, aniquilaram, por completo, o exército “espanhol”.


Ao longo da História, tem-se provado,
que, nem sempre os aparentemente mais poderosos, o são de facto.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

OS CÃES… É PRECISO REAGIR!


Um dos argumentos mais usados para justificar a nossa subserviência perante a Troika é a de que, no momento em que o país estava próximo da “bancarrota”, esses “parceiros” nos ajudaram.
Trata-se de uma visão redutora do que se passou, na medida em que tal intervenção também (ou sobretudo) teve como intenção não deixar cair o país numa situação de falência que impossibilitaria o pagamento da dívida, cujos credores esse “trio” representava.

Ao elaborarem o Memorando, os “troikianos” impuseram regras leoninas que, como se tem vindo a demonstrar, não visavam ajudar o país a reerguer-se, o que, obviamente, teria de ser feito com algum tempo alargado, mas sim, quase exclusivamente, a empobrecê-lo e (julgavam eles) por essa via, a obter os meios de pagamento para, no mais curto espaço de tempo, liquidar a dívida, numa lógica de sacar, sacar, sacar (com juros altíssimos) o resto da carne, deixando-nos a pele e os ossos, findo o que, muito provavelmente, nos irão “aconselhar” a abandonar o euro.

 Repare-se na postura destes senhores, quando vêm avaliar o desempenho relativamente ao cumprimento das medidas preconizadas no “Memorando”.
Perante a constatação de que a realidade não permite atingir as metas previstas, não procuram corrigir as políticas seguidas, o que fazem, de forma umas vezes implícita e de outra explícita, é ameaçarem que se não se cumprir seremos punidos, independentemente do que “custe o que custar” (e estamos a falar de desemprego, desarticulação das famílias e mesmo da crescente situação de sobrevivência e fome com o que de humilhação tal representa).
Alguém acha que, porventura, eles querem saber disso?

Mas, se a experiência já demonstrou a todos, mesmo aos que de início achavam que nada devia mudar, que as políticas (medidas) que estão a ser tomadas, ao invés de ajudar o país e as famílias, nos “enterram” cada vez mais, porque espera a nossa classe dirigente para sair da situação de cócoras em que se deixou colocar e, mobilizando o país e os portugueses contra a ideia de inevitabilidade do empobrecimento, de cabeça levantada diga, claramente, à Troika, que não estamos dispostos a aceitar esta chacina em fogo lento?
Não é verdade que nos tenhamos de submeter, sem reacção, a tudo o que nos pretendem impor.
E também não é líquido, bem pelo contrário, que uma posição forte, fundamentada e decidida, não tenha acolhimento por parte dos principais dirigentes e representantes dos nossos credores. Eles sabem bem, que se o país sucumbisse, outros se seguiriam, sendo eles próprios arrastados no turbilhão que certamente ocorreria o que, obviamente, não lhes interessa.

A renegociação das condições do chamado “resgate”, é de tal forma indispensável, que deverá ser considerado um desígnio nacional.
Ao longo da História, tem-se provado que nem sempre os aparentemente mais poderosos o são de facto.

É preciso reagir, sem receio e com convicção!

 porque
Os cães, quando pressentem o medo, atacam.