quarta-feira, 29 de maio de 2013

PALHAÇO


      

Miguel Sousa Tavares chamou PALHAÇO 
ao Presidente da República e este sentiu-se ofendido.

Percebo-o e dou-lhe razão.

Também eu me sentiria ofendido 
se alguém me chamasse CAVACO!

terça-feira, 28 de maio de 2013

MALTHUSIANISMO vs ULTRANEOLIBERALISMO

Thomas Malthus (1766-1834) defendia a teoria de que era indispensável estabelecer um limite à reprodução humana, tendo em atenção que o crescimento demográfico, segundo ele, ocasionaria o aparecimento, sucessivo, de zonas saturadas de população em busca de alimentos que se esgotariam, tendo, como consequência, a fome, a doença, o vício e a guerra.

Malthus preconizava, então, como solução, aquilo a que chamava “restrição moral” e que consistia em adiar a idade do casamento e a abstinência de relações sexuais antes do matrimónio.

Esta ideia obsoleta, que se contrapunha à liberdade individual da Revolução Francesa, parece, agora, estar a renascer com o aparecimento e florescimento dos ultraneoliberais, tanto pelo que dizem, como pela forma como agem, na medida em que, permanentemente, deixam transparecer que descobriram que, para eles, constitui uma ameaça para o futuro das próximas gerações, o facto de ter aumentado a esperança da vida da humanidade.

À semelhança de Malthus, é agora aos de mais idade (pensionistas e reformados) que é preciso fazer restrições, preconizando que não carecem de mais meios do que os mínimos indispensáveis para não morrerem à fome. Quanto à dignidade, a maioria deles, nem sequer sabe o que isso é.

O que sabem, é que se “essa gente” morrer mais cedo do que mais tarde, melhor, pois, dessa forma, diminuirá, também, a despesa do Estado, o que contribuirá, para a endeusada diminuição do deficit.


Afinal, trata-se apenas de concretizar, na prática, o tão apregoado “CUSTE O QUE CUSTAR”.









                                                         

sexta-feira, 24 de maio de 2013

ERRO DE CASTING

Notícia:

Antena1 e Lusa  24 Mai, 2013, 17:29 / atualizado em 24 Mai, 2013, 20:53

O Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, criticou hoje o Tribunal Constitucional (TC) por limitar "em excesso" a "liberdade de deliberação democrática" nalgumas matérias, defendendo, contudo, o respeito pelas suas decisões.

Depois de se ter referido à posição do CDS, relativamente à não aplicação da chamada TSU das pensões, com enorme altivez, dizendo que “não respondo a declarações de partidos da coligação”

depois de, com arrogância desmesurada, ter dito à Comunicação Social, no final da reunião com os Sindicatos, que “ os Sindicatos foram mal preparados para a reunião”

não satisfeito, o Ministro Maduro vem agora criticar o Tribunal Constitucional, dizendo mesmo que está à vontade para o fazer, porque, enquanto académico, já tivera ocasião de se referir de igual forma, relativamente ao Tribunal Constitucional alemão.

Será que Poiares Maduro consegue ver a diferença entre a opinião dada por um académico e dada por um ministro?

Será que Poiares Maduro não alcança que este acto público de confrontação, despropositada, com o Tribunal Constitucional não contribui em nada para serenar os ânimos, mas, pelo contrário, só gera mais polémica desnecessária?

Será que Poiares Maduro enxerga alguma coisa mais do que os conhecimentos teóricos que aprendeu enquanto foi estudando?

Será que este Ministro está convencido que nele reside o saber e que regressou a Portugal para dar lições a esta cambada de ignorantes?

Poiares Maduro, bem mais cedo do que seria de esperar, vem demonstrando ter sido um erro de casting, tal a crescente imaturidade que vem dando provas.


Poiares Maduro é um “pintas” e pouco mais…

                                                                                         

quarta-feira, 22 de maio de 2013

TEM CÁ UMA PINTA…


Poiares Maduro veio de Florença para ser Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro e do Desenvolvimento Regional e, assim, coordenar o Governo e gerir os fundos comunitários.
Trata-se de uma função muito relevante, para a qual se supõe dever ser chamado alguém que, pelo seu conhecimento aprofundado da realidade portuguesa e pelas provas dadas, rapidamente, demonstre como foi adequada a escolha.

Embora, ainda seja cedo para se tirar conclusões definitivas, convém observar certos detalhes que nos trazem alguma inquietação.

Primeiro exemplo:
Numa entrevista publicada neste fim-de-semana, pelo Expresso, quando posto perante a posição do CDS, relativamente à não aplicação da “TSU das pensões”, Maduro retorquiu: 
”Não respondo a declarações de Partidos da coligação”.

Comentário:
Isto é resposta que deva ser dada pelo Ministro “coordenador”?

mais à frente, o jornalista interroga-o sobre a comunicação entre o Governo e os Cidadãos, que não tem corrido bem. Responde o ministro:
“Vamos fazer um esforço enorme. Encomendei um estudo ao prof. Ricardo Reis, da Universidade da Columbia, sobre como desenvolver uma política de informação dos cidadãos em matérias tão complexas…”

Comentário:
Então Poiares Maduro vem de Florença para Ministro e não é suficientemente especialista na matéria, ao ponto de ter de encomendar um estudo, sobre comunicação, a um professor da Universidade da Columbia?
Ele não sabe, mas não há cá quem saiba?

Outro exemplo:
Ontem mesmo, o Ministro reuniu com os Sindicatos (onde não esteve o tempo todo, por razões da sua agenda), não se coibindo, todavia, de, no final, afirmar, publicamente, para a Comunicação Social, que:
“os Sindicatos foram mal preparados para a reunião”.

Comentário:
Uma afirmação destas não demonstra uma arrogância escusada?
 Quem responde assim, não há dúvida, que carece de um estudo ou, quiçá, de um curso, para aprender a lidar com os parceiros.


Perante tal início, ou me engano muito, ou, no curto prazo, iremos verificar que Poiares Maduro, ainda está muito “Verde”.
Tenho um amigo que, quando vê alguém com a postura assumida por Maduro, costuma dizer:
“Tem cá uma pinta…”

                                                                            

segunda-feira, 20 de maio de 2013

PENSANDO EM TI…



Gabriel Garcia Marques, escritor colombiano, nascido em 1928, Prémio Nobel da Literatura, sintetizou, assim, uma das razões da nossa longa vida em comum:


                        Amo-te não por quem és, 
                        mas por quem sou 
                        quando estou contigo.



                          
                                                                                                 "de Jean Beraud"

domingo, 19 de maio de 2013

DARTACÃO


Nuno Morais Sarmento, no comentário semanal que fez na RTP, passou todo o tempo a procurar branquear as medidas de Passos Coelho e Vitor Gaspar relativamente aos reformados e pensionistas, dirigindo as culpas da situação, que, entretanto, se criou, na direcção de Paulo Portas que, segundo ele, assumira um papel irredutível, no Domingo, quando já conhecia há muito todas aquelas medidas. Mas, acrescentou, ainda, ser uma injustiça atribuir estas “propostas” a Vitor Gaspar quando, quem as apresentou terá sido Carlos Moedas.
Ouve-se e não se acredita!
Como se Passos e Gaspar não fossem os responsáveis máximos do Governo…

Mas Sarmento, não se ficou por aqui e veio ainda dizer que é errado afirmar que, no caso previsto de reduzir as pensões dos Funcionários Públicos, se trata de rectroactividade “no sentido próprio”, pois o efeito é só para a frente e que, portanto, estamos, quando muito, perante um outro tipo de rectroactividade, blá, blá, blá…

Instado pelo entrevistador, não negou, todavia, que estas medidas podem vir a ser consideradas como o não cumprimento do contrato do Estado com os Cidadãos e, que tal pode ocasionar, que estes possam vir a considerar falta de legitimidade ao Governo por perda de confiança.

Enfim, de espada desembainhada, qual DARTACÃO na luta pela defesa do seu “Senhor”, Nuno Morais Sarmento, assumiu, sem qualquer êxito, o papel de defensor das causas perdidas do Governo.

Porque será que ele se dispõe a fazer tais fretes?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

“É O QUE A MINHA MULHER ME DIZ…”


                                                            
Já não há pachorra!

O Presidente da República, perante as câmaras de televisão, relativamente ao apoio político do Eurogrupo à aprovação da 7ª avaliação da Troika, disse o seguinte:

“penso - o como inspiração (como a minha mulher muitas vezes me disse) de nossa Senhora de Fátima e do 13 de Maio (é o que a minha mulher me diz)…”

Foi preciso ouvir de novo para ter a certeza de que não era confusão minha.

Perante uma tal “bacorada”, surgem-me, entre outras, as seguintes questões:

  •       Será que o sr. Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para além de pensar que se tratou de inspiração da Senhora de Fátima e do 13 de Maio, conseguirá pensar mais alguma coisa?


  •         Não quererá o sr. Presidente revelar algo mais do que a sua mulher lhe diz para que, assim, os portugueses possam perceber a originalidade das suas parcas e inovadoras ideias?


  •       Não seria útil, no início do próximo Conselho de Estado, o Sr. Presidente pôr todos os Conselheiros a rezar o terço?


Este episódio caricato, se não fosse dramático, porque nos revela, de novo, esta ilustre personalidade, até podia ser divertido.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

ADIVINHA



Se encontrasse um grupo de idosos a chamar a um político:


  • Oportunista
  • Bandido
  • Sem palavra
  • Desonesto
  • Matreiro
  • Chico esperto
  • Maricon
  • Cobarde 
  • Traidor
de quem estão eles a falar?

PS - Acrescentava alguma outra designação?

sexta-feira, 10 de maio de 2013

EXTERMÍNIO GRISALHO


“Holocausto” é o termo utilizado para especificar o extermínio de milhões de pessoas, politicamente indesejados pelo regime nazi, criado por Adolfo Hitler.
Este genocídio foi, metodicamente, organizado e, os prisioneiros, quando entravam nos campos de concentração, eram espoliados de todos os seus bens, que revertiam para os Nazis, tendo os judeus e outras vítimas sido perseguidos e assassinados através de meios cada vez mais eficientes.
“…em Dezembro de 1941, Hitler tinha, finalmente, decidido exterminar os judeus da Europa.”
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Mein Kampf é o livro (em 2 volumes) escrito por Adolfo Hitler, onde são expressas as suas ideias antissemitas, racistas e nacional-socialista e que se transforma no guia ideológico da Alemanha nazi.
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A Austeridade, como forma de resolver os problemas da Europa e, em especial, dos países com economias em maior dificuldade, tem como suporte um modelo teórico que, ao ser passado para a prática se mostrou irrealista e onde já foram detectados erros crassos, resultando da sua aplicação, não a melhoria das condições de vida das populações, mas sim a sua degradação com um aumento do desemprego e o aparecimento de uma pobreza crescente impensável há meia dúzia de anos.

Apesar destas evidências, a Alemanha e uns quantos seus reverentes seguidores fazem da Teoria da Austeridade o seu guia ideológico, ignorando a realidade e, utilizando o seu poderio financeiro, impõem à restante Europa medidas cada vez mais drásticas, destruindo famílias, criando miséria e fome, num ambiente de crescente ansiedade e desespero.

Em Portugal é cada vez mais acentuada a perseguição aos Funcionários Públicos e aos Reformados, como se estes grupos fossem a causa de todos os males.
Nos últimos dias, de novo, os alvos foram aqueles que são os mais idosos da nossa sociedade.
O Governo no poder apresentou medidas ainda mais redutoras do seu poder de sobrevivência, sendo assustadora a forma insensível e sobranceira como o Primeiro-ministro e outros membros do Governo anunciaram novos cortes nos rendimentos já diminutos deste grupo de “grisalhos”, com uma enorme falta de respeito, procurando criar um clima de medo, assustando-os e, consequentemente, manietando-os e, deixando transparecer um desprezo semelhante aos assaltantes encapuçados, que não só roubam as vítimas como lhes dão um tiro na cabeça com superior indiferença…

Passos Coelho e Vitor Gaspar, representantes evidentes desta linha de actuação, por enquanto ainda não o dizem, mas lá no íntimo o que desejariam era a eliminação dos Reformados, visto que, à semelhança dos nazis, os meios que vêm utilizando para nos levar ao abismo, são cada vez mais eficientes.

“…em Dezembro de 1941, Hitler tinha, finalmente, decidido exterminar os judeus da Europa.”

PARA QUANDO O EXTERMÍNIO GRISALHO, EM PORTUGAL?

                        

terça-feira, 7 de maio de 2013

"IDA DE PORTUGAL AOS MERCADOS"

A alegria esfuziante com que o Ministro Vitor Gaspar anunciou o êxito da "ida de Portugal aos mercados", faz-me pensar num funeral em que se repara, com admiração, na beleza do caixão e nada se liga ao morto. 
          

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A MONTANHA PARIU UM RATO…



  • ·         Paulo Portas é o leader de um dos partidos da coligação no governo;
  • ·         Paulo Portas é o Presidente do CDS/PP;
  • ·         Paulo Portas é Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.


  • Paulo Portas não é, portanto, um “qualquer”…


O Primeiro-ministro, na sexta-feira, veio anunciar, ao país, mais umas quantas medidas de austeridade, que irão afectar ainda mais a situação degradada dos portugueses.

Tais medidas foram aprovadas pelo Conselho de Ministros e, portanto, por Paulo Portas.
Mas, Paulo Portas mandou anunciar que, Domingo, à tarde, iria falar ao país.
Paulo Portas criou, assim, uma grande expectativa e forte “suspense”.

Com pompa e circunstância e com toda a Comunicação Social presente, falou, falou e nada disse de novo, mostrando somente o desacordo relativamente a apenas uma das medidas previstas e nada mais.

A Montanha pariu um rato!

Será possível que Paulo Portas, sendo quem é, se tenha dirigido aos portugueses, com tamanho aparato, para, praticamente, nada dizer?

Não creio!

Este foi apenas o primeiro capítulo de uma nova fase desta telenovela, que, à semelhança de outras em que Paulo Portas foi igualmente protagonista, vai terminar com uma faca nas costas de alguém…

Passos Coelho que se cuide, porque a situação está a ficar tão torta, que, certamente, está para breve o momento dos cães lhe começarem a mijar em cima…
                                                                           

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A CARROÇA À FRENTE DOS BOIS


Ao manter inalteráveis as metas (valores) e os prazos, relativamente ao deficit e à dívida, na elaboração do DEO – Documento de Estratégia Orçamental, o ministro das Finanças, com o “ámen” do Primeiro-- Ministro, pariu algo que, não tendo qualquer adesão à realidade, é, obviamente, irrealizável.

A partir desta constatação, quaisquer que sejam as medidas que venham a ser tomadas a partir daquele pressuposto, estão a ser construídas não para melhorar a vida do país e dos portugueses, mas apenas para satisfazer os objectivos da Troika, que pretende, tão só, transformar-nos num povo de pedintes, sem capacidade de produção, na dependência total dos países “ricos” do Norte, de que Alemanha é o centro nevrálgico, cuja industrialização vai sendo, naturalmente, crescente.

Todos os quadrantes da sociedade portuguesa se vêm pronunciando, sistematicamente, contra esta miserável política de “pôr a carroça à frente dos bois”, mas Vitor Gaspar persiste, transmitindo, mesmo perante os seus pares, a ideia de que“ o que for escrito só está bem, se tiver sido escrito por ele”.

Vitor Gaspar é um vendido!

Vitor Gaspar é o Director Geral da Troika em Portugal!

Vitor Gaspar é o Miguel de Vasconcelos da actualidade e, ou a História se repete e o atiramos pela janela, ou ele não parará até nos destruir irremediavelmente.