segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Nos Dezoito anos do meu Neto Afonso

Neto Afonso

Nesta data em que completas os teus dezoito anos, recordo, com alguma nostalgia, o momento em que, graças ao teu nascimento, fui, pela primeira vez, avô.

A partir daí, acompanhei de perto o teu crescimento e, na medida do possível, procurei contribuir para a tua formação, sentindo-me muito orgulhoso por ter um neto maravilhoso, com personalidade própria, com forte espírito familiar, alegre, disponível, sensível e sempre rodeado de amigos, o que é bem significativo.

Em pequeno, as tuas traquinices obrigava-nos a uma permanente atenção. Eras um “diabrete”. Depois, na Escola, disfarçavas a tua constante irrequietude com um ar pacato de autêntico santinho de altar.
Mas lembro-me, também, de ir contigo aos jogos de futebol e torcer por ti, como se fosses, sem dúvida, o melhor em campo. “Anda Afonso, corre… chuta, chuta…”.
Mais recentemente, recordo que senti a tua falta quando estiveste em Itália ou que tive alguns receios com a tua ida a Moçambique.

A tua enorme capacidade de adaptação e de relacionamento com os outros são por demais evidentes na facilidade com que te rodeias de amigos e amigas (e que amigas!) onde quer que estejas. Mas, o que não posso deixar de referir, é o sentimento quase de perplexidade com que recordo o meu Afonsinho acabado de nascer e o meu neto Afonso agora, com dezoito anos, acompanhado da sua “sombra” (giríssima, diga-se de passagem).

Tudo isto recordo e constato com alegria, mas, simultaneamente, agrada-me pensar que, ao longo da tua vida, tive ocasião de te ensinar muita coisa e, de certa maneira, contribuir para o “bom menino” que tu hoje és.

Esta é uma carta de percurso, não de fim…

Mas, meu neto Afonso, embora tenha a esperança de compartilhar as tuas alegrias durante mais alguns anos, quero lembrar tudo isto para que, daqui a algum tempo, quando eu já cá não estiver, possas falar de mim aos teus filhos contando-lhes episódios que vivemos em comum.
Será um bom sinal de que valeu a pena ser teu avô.

Parabéns Neto Afonso, muitos e muitos anos de alegre vida.

Beijinhos do
Avô Jorge


Carcavelos, 06 de Janeiro de 2014