Recordo-me, perfeitamente, das intervenções entusiásticas, de Zita Seabra na Assembleia da República, enquanto deputada do Partido Comunista.
Zita Seabra era um exemplo de
convicção, de fulgurância e até exaltação, sobretudo, quando o tema recordava
os tempos anteriores ao 25 de Abril, em que na clandestinidade lutava contra os
meios que a ditadura organizava, nomeadamente a PIDE, a Legião e tantos denunciantes, que tudo faziam
para levar às prisões todos que, por esta ou por aquela razão, se manifestavam
contra o Governo.
Entretanto, Zita Seabra mudou de
ideologia.
É um direito que tem, visto que
só alguns doentes mentais é que têm ideias fixas.
Mas uma coisa é mudar de ideias,
outra, é alterar radicalmente os comportamentos, ao ponto de perder a noção de
honra.
Ouvi-la, agora, porque quer, nos mais diversos meios de
comunicação social, sempre que tem oportunidade, a tentar denunciar os seus
camaradas da época, como se a sua versão dos acontecimentos seja indiscutível, parecendo
querer, por essa via, procurar “ganhar” importância junto das actuais elites,
faz-me recordar, exactamente, os asquerosos vermes, anteriores à Revolução,
prontos até a denunciar familiares e a quem todos nós designávamos por “BUFOS”.
Estou certo que na Lusófona,
perante as provas que já prestou, lhe dariam uma Licenciatura em “Bufaria”.
Quem se porta desta forma, ou foi
toda a vida hipócrita, ou tem muitos problemas de consciência, ou, sabe-se lá,
o que faria se a ditadura voltasse.
Ouvir a Zita Seabra dá-me vómitos…
Li um tweet do humorista João Quadros (sou fã) que dizia:
ResponderEliminar"a Zita Seabra vai ficando mais masculina à medida que o seu pensamento vai para a direita. Vai acabar por ser um senhor de barbas do PP"!
E acrescentou... "a andropausa é lixada, Zita"!
Acho que está tudo dito!
Como é possível que Zita Seabra tenha ficado calada perante os factos que vem agora denunciar, na altura em que era dirigente do partido comunista??? A ser verdade, e não estando ela de acordo com tal situação, deveria ter-se insurgido no momento e, não agora, passado tanto tempo.
ResponderEliminarDe facto, tal comportamento não a dignifica, minimamente, e só mostra que deve estar "ressabiada" por ter sido expulsa do partido,
cuja ideologia ela defendia de uma forma sempre tão agressiva.
Pessoas como estas, cuja falta de pudor é mais do que evidente, não merecem ter lugar na Assembleia da República, nem em qualquer outro lugar onde a dignidade e a honra sejam predicados indispensáveis.