Hoje é o “maior dia” do ano, ou seja, o dia
com maior número de horas de luz, porque o Sol permanece mais tempo no nosso
horizonte visual.
Há povos, por todo o mundo, que festejam
este dia, agradecendo (solicitando) ao sol a sua influência nas colheitas, que
desejam abundantes.
Muitos outros, porém, que também habitam
este planeta, não dão qualquer importância ao facto, ou talvez, mesmo a
maioria, não dê por tal acontecimento. E, todavia, ele ocorre todos os anos.
Realmente, este fenómeno não passa de um
mero pormenor quando comparado com a grandeza “daquilo” a que chamamos Universo
e que se formou há milhões de anos, não se sabe como, nem porquê, nem para quê.
O que fomos descobrindo sobre este espaço
sem fim (sem fim?), apenas nos dá a ideia de que tudo isto é algo em pleno
movimento perpétuo (perpétuo?), numa constante procura de equilíbrios que
recomponham os desequilíbrios, que também eles vão ocorrendo a todo o momento.
A questão da “existência”, que parece ter, mais tarde, ocasionado o aparecimento da vida que, posteriormente, deu origem à
humanidade, continua sem explicação, mau grado todas as tentativas
especulativas, em que as várias crenças mais ou menos religiosas, contêm
contradições tão primárias, que, na sua maioria só se justifica a sua
aceitação, por mero receio do após morte (vale mais prevenir do que remediar).
“Cogito
ergo sum”, “penso logo existo”, disse
Descartes e porque existimos pensamos, temos a capacidade de poder duvidar de
tudo o que, à primeira vista, parece correcto e verdadeiro, para além da nossa
própria existência.
Mas essa nossa existência, em si mesma,
como ele, aliás, também defendia, constituiu, desde sempre, a razão de surgir o
desejo pelo conhecimento humano, mas em bases sólidas e seguras.
Durante todos estes milhares de anos que por
”aqui” andamos, pouco ou nada conseguimos perceber sobre este fenómeno
universal, pelo que, vale a pena olharmos os pequenos factos do dia-a-dia que
nos rodeiam e, para disfarçar a angústia dessa nossa incapacidade de ver mais
longe, festejemos o Solstício, desejando que o sol continue a alumiar este
Planetazinho onde, não se sabe porquê, tudo o que acontece de bom são dádivas
da providência divina, enquanto o mau (muito mau), são circunstâncias sem
autor.
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