Neste fim de tarde, olho o mar e o "nosso" deslumbrante pôr-do-sol e penso como eles nunca serão capazes de escrever algo como o que aqui se reproduz:
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Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
http://www.youtube.com/watch?v=jUbHac2qRCM
Sempre receei os especialistas que, tal como os burros, usam " palas " e nada vêem nem sentem para além das suas especialidades e, portanto, falha-lhes a sensibilidade.
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