A) A
ideia da indispensabilidade tem sido defendida, desde há muito, sobretudo por
políticos e militares que entendem que só as suas concepções são capazes de
levar os países (sociedades) no único e bom caminho.
O que,
entretanto, tem acontecido é que a sua concretização implica ter o poder e,
depois, em consequência, tal poder é utilizado de forma indiscriminada, a
partir da crença de que os fins justificam os meios, impondo, então,
sacrifícios desmesurados, considerando-os justificáveis, por maiores que sejam,
quando, dizem eles, os comparamos com
os benefícios que virão a ser colhidos pelas gerações vindouras.
(um parêntesis para dizer que nunca entendi
porque é que as gerações vindouras, sejam elas quais forem, hão-de beneficiar
mais do que quer que seja, do que as presentes).
Mas, o que a
história nos tem mostrado é que, a partir destes princípios, têm surgido
ditaduras que resolvem as resistências a ferro e fogo, vindo-nos, logo à ideia
Estaline, como um dos expoentes máximos dessas políticas.
B) Nas
actuais sociedades constitucionais e democráticas, as situações tendem a ser
diferentes.
Mas é preciso
deixar claro que não há inevitabilidades.
Por
facilitismo, é preciso referir, de forma categórica, que o que opõe os keynesianos
aos neoliberais, não são questões meramente técnicas para resolver problemas
pontuais.
Trata-se, de
facto, de concepções ideológicas diferentes de como conduzir a política e,
consequentemente, organizar as sociedades.
C) Os
resultados desastrosos, que estão à vista de todos, como consequência da “mãozinha
invisível” neoliberal da austeridade virtuosa que há-de regular os “mercados”,
não podem, nem devem ser justificados pela simples crença que nos começam a
querer impingir:
“de que o negócio é bom, o governo é que é mau”.
A Política é que está completamente errada.
D) No
caso de Portugal, o que acontece é que há uma coincidência:
A actual
política não é solução e o Governo ainda contribui para o problema.
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