Assisti,
um dia destes, pela televisão, a uma assembleia de “ilustres” cientistas que,
de forma eufórica, aplaudiam o facto de, presumivelmente, terem descoberto (ou
confirmado) a existência do “Bóson de Higgs”, a que alguns também designam por “Partícula
de Deus”.
Para
chegarem a esta presumível (sublinho presumível) descoberta, foi necessário
construir um acelerador de partículas na fronteira entre a Suiça e a França que
custou, pelo menos, 10 biliões de dólares.
É um
facto que o homem, desde sempre, procurou encontrar (sem sucesso), uma resposta
que justificasse a sua existência e, que, obviamente, irá continuar nessa senda
sem descanso.
Mas, dito isto, pergunto eu, talvez
ingenuamente, como podem tão ilustres sumidades (o que não implica que sejam
capazes de olharem a vida quotidiana de forma inteligente) canalizarem os seus privilegiados
dotes em investimentos tão astronómicos apenas para esse fim, em vez de
procurarem descobrir a forma (quiçá a partícula) de colmatar a desgraça de
milhões de tristes crianças que, provavelmente, por força da existência dessa “Partícula
de Deus”, morrem de fome, (repito de fome) num sofrimento que me parece
impossível de imaginar em toda a sua dimensão.
E
falamos nós em avanço civilizacional! Para quem?
Dez
biliões de dólares para se concluir que, talvez exista não sei bem o quê (nem
eu sei, nem muitos especialistas, que tenho ouvido, também não o sabem e, cá
para mim, nem eles próprios têm a mais pequena certeza sobre a matéria).
Dez
biliões de dólares de presunção !!!!!!
É
irónico pensar em gastar tanto dinheiro e continuarmos no campo da fé.
Mas
também vos digo, se, por acaso, fosse verdade que tinha sido essa “Partícula de
Deus” que ocasionou o Universo, a Terra e a “Vida”, tal qual ela é, então
dever-se-ia metê-la, de novo, nesse acelerador e acabar com ela de uma vez, evitando,
assim, que, mesmo sem crer, o tal deus,
venha a criar outros locais como este onde tanta gente sofre, sabe-se lá
porquê!
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