A
Equidade tem tido um papel de enorme relevância no desenvolvimento e aplicação
do Direito, com a procura de que a situação final seja mais justa para todas as
partes envolvidas.
É por
isso, que vamos ouvindo, sistematicamente, a todo o mundo, a exigência de que
os sacrifícios a que estamos a ser sujeitos sejam distribuídos tendo em atenção
os rendimentos resultantes do trabalho, mas também os que ocorrem em
consequência do capital.
Se tal
for feito, minimizar-se-á, um pouco, a actual situação dos que habitualmente são
chamados a pagar, mas, daí, nada resulta para a solução de fundo que assola a sociedade
dita ocidental.
Bem podem
esgrimir inúmeros argumentos para tentar arranjar “bodes expiatórios” para
justificar o estado em que nos encontramos, mas, tais esforços, não passam de
tentativas para nos iludir, atirando-nos areia para os olhos.
A questão de fundo está de facto na
Equidade, mas não só na distribuição dos sacrifícios, mas, principalmente, na
distribuição da riqueza.
Enquanto
for possível que este regime capitalista, desregrado e especulativo, permita que
apenas alguns sejam os detentores do capital, em grande parte à custa do
trabalho dos restantes, sem que, consequentemente, a riqueza que todos nós
produzimos seja distribuída de forma mais equitativa, o caminho levar-nos-á à pobreza crescente, até ao limite da sobrevivência e mesmo da própria fome.
Nessa
altura, quando o desespero reinar, a EQUIDADE surgirá, sabe-se lá como….
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