terça-feira, 2 de outubro de 2012

EQUIDADE


A Equidade tem tido um papel de enorme relevância no desenvolvimento e aplicação do Direito, com a procura de que a situação final seja mais justa para todas as partes envolvidas.
É por isso, que vamos ouvindo, sistematicamente, a todo o mundo, a exigência de que os sacrifícios a que estamos a ser sujeitos sejam distribuídos tendo em atenção os rendimentos resultantes do trabalho, mas também os que ocorrem em consequência do capital.

Se tal for feito, minimizar-se-á, um pouco, a actual situação dos que habitualmente são chamados a pagar, mas, daí, nada resulta para a solução de fundo que assola a sociedade dita ocidental.

Bem podem esgrimir inúmeros argumentos para tentar arranjar “bodes expiatórios” para justificar o estado em que nos encontramos, mas, tais esforços, não passam de tentativas para nos iludir, atirando-nos areia para os olhos.

A questão de fundo está de facto na Equidade, mas não só na distribuição dos sacrifícios, mas, principalmente, na distribuição da riqueza.

Enquanto for possível que este regime capitalista, desregrado e especulativo, permita que apenas alguns sejam os detentores do capital, em grande parte à custa do trabalho dos restantes, sem que, consequentemente, a riqueza que todos nós produzimos seja distribuída de forma mais equitativa, o caminho levar-nos-á à pobreza crescente, até ao limite da sobrevivência e mesmo da própria fome.

Nessa altura, quando o desespero reinar, a EQUIDADE surgirá, sabe-se lá como….  

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