Fortemente
apoiados pelo Presidente da República, todos os Partidos da Oposição não
hesitaram em se juntar e criar as condições para que o Governo de Sócrates
caísse, porque, segundo eles, era necessário substituí-lo para salvar o país da
bancarrota, forçando, então, a um Acordo com a Troika, que, acrescentavam, “já
deveria ter sido feito há muito tempo”.
É bom
lembrar, que as condições do Acordo foram intensamente negociadas entre o
Governo e a Oposição, chefiada então pelo Catroga, que se vangloriou de que muito
daquilo que lá ficou escrito a ele se devia. Portanto, as condições acordadas
foram sobrescritas pelos três Partidos – PS / PSD / CDS, que, obviamente, não
só são corresponsáveis, como o ficaram a conhecer muito bem.
Nessa
situação de crise, criada intencionalmente para derrubar o Governo, a solução
óbvia foi a de promover eleições, que decorreram com normalidade democrática,
tendo sido eleito novo Governo (PSD/CDS), com maioria absoluta, que garantiu
ter todas as soluções para os problemas do país e que tem podido governar, a
seu belo prazer, tomando, livremente, as medidas que entende adequadas e que,
do seu ponto de vista “lírico” estão a ter resultados espectaculares.
Mas a
verdade é que, a realidade, do dia a dia, desmente, de forma clamorosa, essas atoardas
do Primeiro Ministro e do Ministro das Finanças, em que os resultados das políticas
seguidas estão à vista, em que “não há cão nem gato” que esteja de acordo com o
Governo, e, em que até mesmo a grande maioria dos mais “conceituados” membros
dos Partidos da Coligação demonstra a sua total discordância, perante os
consecutivos erros de previsão dos objectivos definidos, mas também da
imaturidade demonstrada e da incapacidade de definir um rumo e uma programação
estratégica para o país.
Portugal,
está, pois, muito pior, sem rumo, a ser “navegado” à vista, com o povo sem
ânimo e com o Governo amedrontado, acantonado e desnorteado e a Coligação a dar
sinais de desmoronamento e de grande desconfiança entre eles.
Ainda
assim, o Primeiro Ministro insiste nesta desastrosa política de empobrecimento
acelerado, neste sinuoso labirinto sem saída, “cantando e rindo” como nos
tempos da Mocidade Portuguesa, tempos para os quais parece querer- nos fazer
voltar.
Face a
esta situação, não será indispensável estancar esta sangria desatada, antes que
seja tarde demais?
Qual é
o drama de derrubar este Governo, promover novas eleições, e se procurar
avançar com uma nova política realista, que possa vir a possibilitar a criação
de riqueza e, então sim, criar condições para que, num espaço de tempo adequado
e com encargos financeiros não especulativos, possamos vir a pagar gradualmente
aos nossos credores?
O FANTASMA
DA CRISE POLÍTICA subjacente à queda do Governo, não passa disso mesmo. É uma
mera tentativa de tentarem sobreviver incutindo-nos o medo do caos!
Afinal,
o Governo anterior não foi derrubado, como eles dizem, à beira da bancarrota? E
o que é que aconteceu?
O país
não desapareceu, nem a democracia enfraqueceu!
Bem
pelo contrário!
O povo
pronunciar-se é sinal de vitalidade, de capacidade de renovação, de vontade de
sair do marasmo e de seguir em frente.
Um novo
Governo e uma nova política virada para as pessoas serão, certamente, a melhor
forma de surgir uma nova esperança e de tornar o país viável e, assim, podermos
cumprir os compromissos que se venham a reassumir com os nossos credores numa
base, obviamente, realista.
O que
está a acontecer é que nos levará ao incumprimento e ao descalabro.
É tempo
de deixarmos de ter medo porque, aconteça o que acontecer, é sempre melhor do
que irmos morrendo dia a dia, com crescente sofrimento.
Este governo está moribundo e, nem nos cuidados paliativos tem qualquer hipótese de se salvar.
ResponderEliminarÉ urgente que este governo desapareça de vez, e que o Presidente da República sinta que tem de agir, rapidamente, para bem do país e dos portugueses. Como?
Ou, através de eleições, ou, então, por iniciativa presidencial, em que o PR nomeie um primeiro-ministro competente,responsável e com sensibilidade política e social e, obviamente, em consonância com a Assembleia da República.
Esta situação em que vivemos é que é, completamente, insustentável: Após tantos sacrifícios que foram pedidos aos portugueses, encontramo-nos numa situação muito pior, do que há ano e meio e, na contingência de pedir mais dinheiro.... e as desigualdades sociais a aumentarem drasticamente, para não falar do desaparecimento da Classe Média. Caminhamos a passos largos para o caos.
Espero bem, que toda esta agonia, provocada por esta pandilha , esteja no seu términus e, que o velório e respectivo funeral deste governo, esteja para breve. Haja esperança!