Afinal, o Mundo não
acabou!
Nem o mundo, nem as
parvoíces do Primeiro-Ministro, Passos Coelho, que terminou o dia afirmando que
os portugueses estão perante uma nova guerra tão injusta, quanto foi a Guerra
Colonial e que, em consequência, é necessário que cada português seja um
soldado na luta pelo futuro do país.
Como é possível vir
reconhecer a injustiça da guerra e, simultaneamente, agredir os que lá andaram
e que são os actuais reformados, sacrificando-lhes ainda mais a vida com a
redução (roubo) das suas reformas, fruto exclusivo do seu trabalho?
Fazer o paralelismo
entre a actual situação de “guerra” e a Guerra Colonial só se for para lembrar
que o sofrimento de então e, de agora, se deve, no primeiro caso, ao ditador
Salazar que, tal e qual Passos Coelho, teimou em continuar uma política de
guerra “morra quem morrer”, semelhante ao “slogan” do actual 1º Ministro,
“custe o que custar”.
De facto, também Salazar,
quando da guerra colonial, indiferente aos mortos e estropiados, muitos dos
quais ainda hoje sofrem os efeitos do que lá passaram, proclamou, tal qual o
faz agora Passos Coelho, que cada português teria de ser um soldado pronto a
dar a vida em defesa da pátria.
Passos Coelho abre a
boca e sai asneira!
A hipocrisia e
desumanidade das suas palavras são bem patentes quando, da boca para fora, diz que a situação é injusta, ao mesmo tempo
que tem na mão a faca que nos espeta nas costas quando, quotidianamente, corta
os direitos que nos assistem, com especial relevo para os reformados e pensionistas,
que vão andando de “guerra em guerra” até à morte final.
Ontem, afinal, não foi o
fim do mundo, nem o fim de nada, nem sequer das parvoeiras de Passos Coelho que
quer que todos sejamos soldados sem munições que ele, paulatinamente, nos vai
tirando.
Parvoíce ou provocação?
Mas as guerras injustas
acabam, normalmente, com a queda daqueles que as provocam.
O Mundo ainda não
acabou, porque há sempre um dia seguinte…
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