Vem hoje, nos jornais, a
notícia de que o Governo se prepara para continuar a diminuir, no próximo ano, as
pensões de reforma da função pública.
É curioso, como aos 70
anos ainda fico perplexo e faço esforços para não acreditar, na forma
desumanizada como os nossos governantes estão a tratar a população mais idosa.
AGORA, que no dia do meu
aniversário já não me congratulo por ter feito mais um ano, mas, pelo
contrário, sinto a nostalgia por passar a ter menos um;
AGORA, que poucos mais
anos cá andarei e a aproximação do fim é vertiginosa;
AGORA, que pensava que
tinha contribuído com o meu esforço e trabalho para a melhoria da vida das
gerações futuras;
AGORA, que deveria
usufruir do meu pecúlio que o Estado tem em seu poder, resultado dos descontos
que fiz, para quando me reformasse,
Pois é, exactamente,
AGORA,
que, a classe política
no poder, oriunda de novas gerações, resolveu encetar uma perseguição, sem
quartel, aos VELHOS, que nada lhes devem, bem pelo contrário, lhes
proporcionaram uma vida incomparavelmente superior a que eles tiveram, tratando-os
com imenso carinho e, quantas vezes, à custa de inarráveis sacrifícios os pouparam
das agruras da vida.
Não sendo capazes de dar
o devido valor a tudo isto e, mostrando uma total ausência de sentimentos, a
classe política no poder, trata-nos com desprezo, como se a existência dos mais
idosos fosse uma chaga, que deveria ser posta num gueto e alimentada a rações
para porcos, contribuindo, dessa forma, para a melhoria do défice orçamental.
A grande maioria dos
actuais idosos (os que ainda cá andam) estiveram na guerra pelo país (muitos
morreram ou ficaram estropiados) ou sofreram os seus nefastos efeitos,
trabalharam uma vida inteira, pagaram os seus impostos, tiveram filhos que
alimentaram e ajudaram a singrar na vida (e hoje voltam a ter, muitas vezes, de
os continuar a ajudar), plantaram árvores, escreveram livros e AGORA…
bom, AGORA,
numa impensável e
absurda obsessão, as gerações mais novas no poder, vão-nos diminuindo as
pensões (um roubo, porque o dinheiro é nosso), levando-nos a caminho de uma
disparatada e insuportável sobrevivência, obrigando-nos a sacrifícios não só
físicos, mas principalmente psicológicos, que jamais pensámos que pudessem vir
a acontecer.
AGORA,
estas novas gerações de políticos no poder, destituídos de sentimentos, tratam
os VELHOS como o Nazismo tratou os judeus.
Boas Noites
ResponderEliminarFRealmente é uma trsiteza, apertase-me o coração só d epensar que esperei tanto pela reforma, que desconte tantos anos, que comecei a trabalhar tão nova, e agora querem dar-me uma côdea, posto médico, nada, urgências zero, medicamentos caros, aquecimento não vai dar porque a electricidade esta cada vez mais cara, comida idem, 23% nos cafés, restaurantes, mais um pouco e o senhor 1º. ainda poe os pais num asilo de velhos e vende tudo, porque como já sao idosos, já não precisam nem da ração dos porcos, sim porque essa também é cara.
Que vai ser deste país, gopvernado por tanto imcompetente ao longo dos anos, séculos, quem sabe desde sempre.
Acho que o Afonso Henriques não devia ter guerreado a mãe, hoje faziamos parte da espanha e eramos bem maiores, embora estivessemos na mesma situação.Que dor me dá só de pensar que já sou velha e não sirvo para nada neste mundo miserável em que nada se respeita, nem velhos, nem novos, pois não querem acabar com o ensino????
Venham mais cinco......
Isabel