domingo, 6 de janeiro de 2013
ABASTARDAMENTO
A propósito do envio do Orçamento de Estado para o Tribunal Constitucional, o Governo, pela voz do seu Secretário de Estado do Orçamento, Luis Morais Sarmento, veio-nos dizer que o possível chumbo pode pôr em causa a ajuda internacional.
Em entrevista à Rádio Renascença, este “ilustre” Secretário de Estado avisa “que Portugal pode deixar de receber dinheiros da Troika”.
Como é possível, um governante ter a desvergonha de procurar, por este meio, tentar exercer pressão sobre a população, em geral, e sobre os Juízes do TC, em particular?
Mas, bem pior do que isso, o que se conclui do que é dito por este “senhor”, é que o Governo entende que mesmo que haja inconstitucionalidades no Orçamento, tal não deveria ser posto em causa e, portanto, “que se lixe a Constituição”.
Para eles, não é o Governo que tem de fazer um Orçamento sem inconstitucionalidades, ou corrigi-lo, se for esse o caso, o Tribunal Constitucional é que não deveria ser consultado.
Para eles, acima do Estado de Direito, está a “obediência” à Troika ou, simplesmente, a imposição das políticas deste Governo, “custe o que custar”.
É o total ABASTARDAMENTO da nossa Democracia.
É impossível que esta governação dure muito mais tempo!
Ou se acaba com este Governo ou este Governo acaba com todos nós…
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Por mais estranho que pareça, ainda consigo ficar perplexa com o comportamento dos membros deste govermo.
ResponderEliminarComo é possível que um Secretário de Estado desconheça as mais elementares regras democráticas?
Quando ele tenta fazer pressão sobre o Tribunal Constitucional, ameaçando com o " Lobo Mau ",preconizando todos os perigos que o país corre, caso sejam consideradas inconstitucionais as medidas apresentadas, pensará que os 13 juízes que constituem este Tribunal são inconscientes e incompetentes?
Pois bem, o que falta a Luis Morais Sarmento, entre muitas outras coisas, é " Cultura Democrática ", por isso, é aconselhável que faça algumas leituras sobre estes assuntos, para que possa ter, no futuro, um comportamento mais digno.