segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

CITAÇÕES


Em 05 de Janeiro de 2013, o “EXPRESSO” publicou o exemplar comemorativo do seu 40º aniversário com um diversificado conjunto de entrevistas e outras colaborações.
Aproveitemos a enorme e variada riqueza de conteúdos para compilar algumas citações:

- Marcelo Rebelo de Sousa

  • “O ano que finda, que o Governo chegou a apontar como de despontar de crescimento, acaba por revelar continuidade e mesmo agravamento da situação económica e financeira, com sinais de emigração, de contestação social e política e preocupações quanto ao novo modelo económico para a recuperação, quanto aos seus efeitos no tecido social e ao tempo de execução”.
  • “A situação económica e financeira de 2012 não corresponde às expectativas do poder. Maior recessão. Maior défice. Maiores sacrifícios. Mais lento processo de recuperação produtiva. A exigir adiamento das metas para 2013”.
  • “A democracia faz-se todos os dias. E não apenas de quatro em quatro anos. Saber fazê-la, em permanência, é outro dos desígnios de 2013… Para que nunca mais tenha de ser reposta de novo a partir do nada”.


- Ricardo Costa

  • “O Governo não governa por causa da Constituição. A oposição não apresenta alternativas lógicas por causa da Constituição. O FMI fica triste por causa da Constituição. Não há investimentos por causa da Constituição. E talvez chova para a semana por causa da Constituição”.
  • “Portugal ganhava em ter uma Constituição mais adaptada aos tempos que vivemos. Mas é errado achar que é a origem e o fim dos nossos males. E, acima de tudo, uma desculpa que dá imenso jeito”.


- Cavaco Silva

  • “É missão do Tribunal Constitucional verificar a conformidade das normas jurídicas com a Constituição da República. A Constituição não está suspensa”


- Miguel Sousa Tavares

  • “Este “capitalismo financeiro desregulado e egoísta” que apenas pensa em mais dinheiro e mais lucro e que “aposta num crescimento feito à custa dos direitos e deveres sociais” (conforme o definiu o Papa na sua mensagem de Ano Novo), foi o que nos lançou na crise que agora vivemos”.
  • "Décadas de doutrinação liberal convenceram muitos que só afastando o poder regulador do Estado a economia poderia ser rentável. O resultado está à vista: o jogo tornou-se desleal, a honra nos negócios foi substituída pelo triunfo social, o dinheiro apagou a vergonha e comprou as consciências e os remorsos e já faltou mais para que o sinistro grito de “salve-se quem puder!” anuncie o final trágico de um sistema e de uma ideologia que, entregue a si próprios, apenas conseguiram revelar o pior da natureza humana”.


- Fernando Madrinha

  • “O Presidente tem razão quando diz, supondo que se refere ao governo, que não basta ter a confiança dos credores e é preciso “recuperar a confiança dos portugueses”


- Maria Filomena Mónica

  • “ A actual relutância em debater o papel dos mercados retirou do discurso político a energia cívica que, noutros momentos, lhes dera vitalidade”


- Felipe González

  • “Não se podem esperar melhorias se prosseguirmos com estas políticas europeias e nacionais. A recessão vai continuar, com a queda do consumo, a redução do crédito e os ajustamentos. O desemprego vai continuar a subir e será impossível reduzir o défice ao ritmo exigido”.
  • “Penso que os nossos países, embora as origens das suas crises sejam diferentes, têm de se esforçar para mudar as políticas europeias impostas pela Alemanha ou por qualquer outro parceiro”.


- Daniel Oliveira

  • “…Tudo isto disse o Presidente da República para concluir…. “Temos urgentemente de pôr cobro a esta espiral recessiva, em que a redução drástica da procura leva ao encerramento de empresas e ao agravamento do desemprego”. É o que fará o Orçamento do estado para 2013?”.


- Martim Avillez Figueiredo

  • “Cavaco não foi diferente de Gaspar nesta matéria – também ele chutou para outros, não eleitos, uma responsabilidade que é sua”.


- Pedro Adão e Silva

  • “naquilo que é o cenário mais provável, se, quando o acórdão do TC for conhecido, o Governo optar por procurar compensar os mil milhões “inconstitucionais” com mais um pacote de austeridade, o limite do bom senso será definitivamente ultrapassado”.
  • "Se o bom senso imperar, a decisão do TC será um bom pretexto para exigirmos novas condições à troika, em lugar de prosseguir este caminho insensato e devastador no qual o Governo tem insistido”.


- Henrique Monteiro

  • “Se a escolha era entre o estertor e a morte súbita, Cavaco preferiu o primeiro; o lume brando a fim de queimar definitivamente um Governo que, autoisolando-se, ficou sem argumentos, sem apoios e, o que é pior, sem reformas acabadas”.
  • “Mas temo que, passados quase dois anos de sacrifícios e enorme desgaste, se conclua que nada mudou e nada valeu a pena”.


À CONSIDERAÇÃO DO GOVERNO E DOS SEUS SEGUIDORES (que são cada vez menos)!

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