Até 2011, Carlos Carreiras foi líder da Comissão Política Distrital de
Lisboa do PSD. Actualmente, é Presidente da Câmara de Cascais, face ao abandono
do anterior Presidente, e é, também, Presidente do Conselho de Administração do
Instituto Francisco Sá Carneiro.
Pois bem, este destacado dirigente do PSD, que apoiou, inequivocamente,
o actual Governo, nos seus primórdios, e que é candidato pelo Partido à presidência
da Câmara de Cascais, veio ontem, com tom indignado, pedir a demissão do Secretário
de Estado, Carlos Moedas, por este ter dito que o relatório do FMI foi “muito
bem feito”.
“A Carlos Moedas, depois desta
declaração – disse ele no Facebook e na Televisão – só resta uma atitude, abandonar as funções governativas, deixar a
política e assumir que aspira a ser consultor técnico”.
Estas inusitadas afirmações na Praça Pública feitas por um “importante”
dirigente do PSD parecerão, no mínimo, estranhas ou inadvertidas.
Mas não são!
São pensadas e intencionais!!!
Trata-se, apenas, na linha oportunista que Carlos Carreira nos foi
habituando, de aproveitar esta ocasião para se demarcar do Governo, face às
eleições autárquicas que já se adivinham e, nas quais, ele se apresenta como
candidato à presidência da Câmara de Cascais.
O Governo está na mó debaixo e, Carlos Carreira, receoso do odioso daí
resultante, porta-se como os ratos que são sempre os primeiros a abandonar o
navio, mal pressentem que este se está a afundar.
Era bom que os habitantes e todos os que, de uma maneira ou de outra,
estão ligados ao Concelho de Cascais, tivessem consciência do tipo de carácter
deste candidato do PSD à presidência da Câmara.
A minha maior dificuldade é conseguir perceber qual a ideologia seguida. Parece cada vez mais existirem regras diferentes para os ricos e para os "outros". O capitalismo ditava que as organizações mal geridas deviam falir, no entanto foi permitida a criação de superestruturas que são grandes demais para cair. Os "outros", se errarem têm que pagar pelos próprios erros, ou pior, mesmo que não errem, têm que pagar pelas falhas das superestruturas, porque esses, não podem cair porque senão dizem que surge o risco da revolta social. Enfim, estes "liberais" defendem socialismo para os ricos com um estado que os defenda e um sistema para os "outros" do salve-se quem puder.
ResponderEliminarNem mais, Caríssimo!
ResponderEliminarApenas acrescentaria que "parece cada vez mais existirem regras diferentes para os ricos, para os aldrabões, para os ladrões e para os "outros".
Repare que os aldrabões continuam a aldrabar, e os ladrões, que são claramente conhecidos por todos nós, continuam à solta.