Perante
a realidade do país, perante o evidente empobrecimento e as crescentes
dificuldades dos que menos têm e que, dia-a-dia, vivem uma enorme angústia,
manifestando a todo o momento um crescente desalento, sem saber o que fazer
para conseguirem sobreviver, Passos Coelho, na Madeira, em frente das câmaras da
televisão, veio dizer, sem rodeios, que:
“Quem mais contesta é
quem mais tem”
para acrescentar,
de seguida:
“Não receio a
impopularidade e confio na inteligência dos portugueses”.
Um
primeiro-ministro que diz uma enormidade destas, que não se rala com a sua
popularidade, teimando em levar por diante uma política de “custe o que custar”,
cujos resultados desastrosos estão à
vista, que não tem noção que, de facto, quem mais contesta é quem mais tem, mas
não dinheiro, mas sim FOME, não pode continuar a governar este país, como se, realmente, fosse cego e surdo, e, do alto da sua torre, com uma enorme frieza e
arrogância, dizer que confia na inteligência dos portugueses. (Quais
portugueses, os que mais têm ou os outros?)
É
preciso ter um grande DESPLANTE.
Pouco
resta a Passos Coelho e ao seu Governo...
Como dizia Eça:
“Este governo não cai porque não é um edifício,
sairá com benzina porque é uma nódoa”
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