O Sol há muito que nascera, mas a noite
persistia…
Era terrível ver o esforço que o
astro-rei fazia para romper toda aquela escuridão, sem sucesso.
As ondas do mar galgavam as rochas,
batendo-lhes com inabitual violência, fazendo rolar enormes pedregulhos que se
desfaziam, com fragor, no fundo das escarpas.
O vento assobiava, cortante, levando na
sua esteira, enormes nuvens escuras, que se movimentavam em círculo, a uma
velocidade estonteante.
Foi, então, que chegou a trovoada, na
sua “melhor” forma…
Com os clarões dos relâmpagos tudo
iluminava, para, logo de seguida, fazer estremecer mar e terra com os seus
horrendos trovões, lançando, simultaneamente, faíscas serpenteantes, que
cortavam os céus em todas as direcções.
Mas o Sol não desistira e, às tantas,
conseguiu lançar alguns dos seus raios, furando toda aquela escuridão.
O vento amainou, a tempestade foi
serenando e o mar tornou-se manso.
Aos poucos, os animais foram saindo dos
seus abrigos, recomeçando a sua rotina, tranquilamente.
O equilíbrio, que gere a vida, vencera, de novo, a crise eterna…
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