Jeff
Goodwin, professor de Sociologia da Universidade de Nova York, refere que:
“revoluções implicam não apenas mobilizações
de massa e mudanças de regime, mas
também mais ou menos rápidas e fundamentais mudanças sociais, económicas e
culturais , durante ou logo após a luta pelo poder do Estado.”
Há
imensos estudos sobre a forma e motivações que têm originado revoluções durante
toda a História da Humanidade, sendo certo que, a sua grande maioria, ocasionou
mudanças na economia, na cultura e na organização institucional das sociedades.
Estas
mudanças revolucionárias têm assumido acções relativamente pacíficas, nalguns
casos, ou atingido desenvolvimentos violentos noutros, de difícil ou impossível
controlo.
Há
vários exemplos de revoluções não violentas, em que regimes que aparentam forte
solidez, serem derrubados através de manifestações e greves populares,
resultantes de alianças espontâneas ou organizadas pelas várias classes
sociais, como é, por exemplo, o caso da queda do comunismo, em 1989, ou o 25 de
Abril de 1974, ambos sem derramamento de sangue.
Quando
na sociedade ocorre, como actualmente acontece, um estado de desequilíbrio
grave, ao ponto de uma maioria sentir em risco a sua própria sobrevivência, o
caminho para uma Revolução, fica claramente em aberto.
Claro
que os poderes instituídos podem sempre tentar evitar tal estado de coisas , recorrendo
a reformas ou, ao invés, procurando reprimir, violentamente, tais movimentos.
Mas,
atenção, a segunda opção, normalmente, não só tem os dias contados, como acaba
mal, para os opressores.
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