sábado, 20 de abril de 2013

O CONSENSO*…


De repente, deu uma “tremedeira” ao Governo e descobriu a necessidade do CONSENSO.

Mas, Consenso acerca de quê?

É que Consensos já há, pelo menos dois e ambos criados pelo Governo.

De facto, ao adoptar as políticas ditadas pelos credores como suas, o Governo conseguiu o Consenso com a Troika, com o Durão Barroso, com a Merkel e com a elite neoliberal da Europa, que continua a apostar “no quanto pior melhor”, ou seja, em mais Austeridade e mais Pobreza, procurando, por essa via, que os países mais debilitados se transformem em zonas de baixos salários, onde as grandes potências poderiam vir a produzir a baixos custos.
Mas, a realidade provou que as experiências na América do Sul não resultaram e, na Europa, os resultados estão bem à vista, demonstrando que essas Políticas são um falhanço total, que só trazem Desemprego e Fome, destroem as Famílias, levando-as à humilhação e ao desespero.

O outro Consenso está, igualmente, bem à vista.
Basta ouvir as Oposições em geral, e o PS em particular, mas também uma grande parte da elite do outro PSD (tendência social democrata) e, mesmo dirigentes do CDS ou, ainda, os Parceiros Sociais (Sindicatos e Patronatos), para além da maioria da população (empregados, desempregados, reformados), para se perceber que há um largo Consenso na Sociedade Portuguesa acerca da rejeição das políticas seguidas pelo Governo e da necessidade urgente de o fazer parar ou, mesmo, de o substituir.

No meio de toda esta situação dramática, o Aníbal faz que anda mas não anda, como dizia o Jô Soares “não me comprometam”, está na Colômbia, de mão dada com a sua “desempoeirada” esposa, congratulando-se porque o Passos e o Seguro se juntaram e, portanto, está tudo bem, obrigado.
Belém faz lembrar uma “Aldeia da roupa branca”.

O Governo está em desespero e procura, agora, uma muleta que lhe permita chegar ao fim da legislatura. O novo ministro, Poiares Maduro, na conferência de Imprensa, referiu-se ao Consenso doze vezes.

Mas Consenso acerca de quê, se não se vê da parte de Passos Coelho um único acto que demonstre a vontade de mudar de política?

Já não parece haver CONSENSO que lhes valha!


* Consenso - "O consenso leva em conta preocupações de todos e visa resolvê-las/aclará-las antes que a decisão seja tomada. O mais importante, neste processo é incentivar um ambiente em que todos são respeitados e todas as contribuições são avaliadas. O consenso formal é um processo de decisão mais democrático”.

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