terça-feira, 1 de maio de 2012

GANÂNCIA


Para que valem todos os sacrifícios que nos estão a ser exigidos se, atingido o objectivo do deficit, não haja economia que nos valha?
As medidas de austeridade que nos têm sido impostas para alcançarmos um deficit de 3% em 2013, são de tal ordem que, quando lá chegarmos, a economia estará de tal forma destroçada, que ninguém se atreve a dizer como então se processará a sua necessária recuperação.

Depois, é evidente, que os sacrifícios estão longe de serem “distribuídos” de forma equitativa.

Há uma enorme desproporção entre o que se exige à classe média e aos mais desfavorecidos, face àqueles que auferem rendimentos muito superiores (nalguns casos mesmo obscenos).  
E tal é muito injusto, porque o endividamento, que serve de justificação para estas medidas cegas, trouxe, sobretudo, proveitos para os grandes empreiteiros, para os donos das terras, para os grandes grupos económicos e para os bancos.
E a “crise” instalada tem permitido aos bancos, aos fundos e a outros especuladores estrangeiros, principalmente alemães, encherem-se à conta.
E nunca estarão satisfeitos porque a GANÂNCIA está no seu ADN!
Esse desejo, sem escrúpulos, de obter o máximo da riqueza material (dinheiro), leva a que esses agiotas tudo façam para o conseguir, recorrendo à corrupção, à manipulação e a outros meios ilícitos, sem se preocuparem, minimamente, com os prejuízos, muitas vezes desumanos, que provocam nas populações indefesas.

É curioso notar como, neste momento, a senhora Merkel e os seus apaniguados, que sentem que a “mama” pode, em breve, vir a acabar, já começam, para além da austeridade, a aceitar falar em medidas para o crescimento da economia.
As coisas parecem tenderem a mudar, mas os custos enormes que as políticas em vigor têm causado aos cidadãos, destroçando mesmo imensas famílias, são, praticamente irreparáveis.

Nada ainda está ganho, mas o bom senso acabará por prevalecer e o equilíbrio chegará.

Como diz o ditado indiano:
“ Tudo estará bem no fim. Se não está bem, é porque ainda não chegou ao fim”.

1 comentário:

  1. Maria Emília Paulos4 de maio de 2012 às 00:22

    Infelizmente, todos os sacríficios que estão a exigir aos portugueses não estão a servir para nada, porque a austeridade está a levar a uma redução do consumo e, consequente baixa de receitas do Estado e a economia cada vez mais debilitada.
    Enfim, estamos a assistir a uma ganância, que está a tornar a vida neste país, completamente insustentável e ´, a qualidade de vida da maioria dos portugueses a degradar-se, dia, após dia.
    Neste momento, a taxa de demprego está a crescer,desmesuradamente, já de 15,3%, e o desemprego jovem já ultrapassou a taxa de 36%.
    Vive-se, presentemente, num clima de terror face ao presente e ao futuro e o governo, quando anuncia medidas de mais austeridade, fá-lo com uma frieza, uma ligeireza e uma insensibilidade social, que é mesmo arrepiante.
    Perante, uma situação tão dramática, como esta que estamos a viver,´´e caso para dizer:

    "ESTE PAÍS NÂO É PARA VELHOS, MAS SEGURAMENTE, TAMBÉM NÃO É PARA JOVENS "

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