quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

VAMOS LÁ EMPOBRECER...





Este texto é de Isabel do Carmo (médica). 
E tem toda a razão.
Também eu e, certamente muitos de vós, viveram neste país e é bom recordar bem de  como era, para que se não tenha saudades desses tempos!!! 
E, já agora, expliquem aos mais novos, se forem capazes!!

O primeiro-ministro anunciou que íamos empobrecer, com aquele desígnio de falar "verdade", que consiste na banalização do mal, para que nos resignemos mais suavemente. Ao lado, uma espécie de contabilista a nível nacional diz-nos, como é hábito nos contabilistas, que as contas são difíceis de perceber, mas que os números são crus. Os agiotas batem à porta e eles afinal até são amigos dos agiotas. Que não tivéssemos caído na asneira de empenhar os brincos, os anéis e as pulseiras para comprar a máquina de lavar alemã. E agora as jóias não valem nada. Mas o vendedor prometeu-nos que... Não interessa.
Vamos empobrecer. Já vivi num país assim. Um país onde os "remediados" só compravam fruta para as crianças e os pomares estavam rodeados de muros encimados por vidros de garrafa partidos, onde as crianças mais pobres se espetavam, se tentassem ir às árvores. Um país onde se ia ao talho comprar um bife que se pedia "mais tenrinho" para os mais pequenos, onde convinha que o peixe não cheirasse "a fénico". Não, não era a "alimentação mediterrânica", nos meios industriais e no interior isolado, era a sobrevivência.
Na terra onde nasci, os operários corticeiros, quando adoeciam ou deixavam de trabalhar vinham para a rua pedir esmola (como é que vão fazer agora os desempregados de "longa" duração, ou seja, ao fim de um ano e meio?). Nessa mesma terra deambulavam também pela rua os operários e operárias que o sempre branqueado Alfredo da Silva e seus descendentes punham na rua nos "balões" ("Olha, hoje houve um ' balão' na Cuf, coitados!"). Nesse país, os pobres espreitavam pelos portões da quinta dos Patiño e de outros, para ver "como é que elas iam vestidas".
Nesse país morriam muitos recém-nascidos e muitas mães durante o parto e após o parto. Mas havia a "obra das Mães" e fazia-se anualmente "o berço" nos liceus femininos onde se colocavam camisinhas, casaquinhos e demais enxoval, com laçarotes, tules e rendas e o mais premiado e os outros eram entregues a famílias pobres bem- comportadas (o que incluía, é óbvio, casamento pela Igreja).
Na terra onde nasci e vivi, o hospital estava entregue à Misericórdia. Nesse, como em todos os das Misericórdias, o provedor decidia em absoluto os desígnios do hospital. Era um senhor rural e arcaico, vestido de samarra, evidentemente não médico, que escolhia no catálogo os aparelhos de fisioterapia, contratava as religiosas e os médicos, atendia os pedidos dos administrativos ("Ó senhor provedor, preciso de comprar sapatos para o meu filho"). As pessoas iam à "Caixa", que dependia do regime de trabalho (ainda hoje quase 40 anos depois muitos pensam que é assim), iam aos hospitais e pagavam de acordo com o escalão. E tudo dependia da Assistência. O nome diz tudo. Andavam desdentadas, os abcessos dentários transformavam-se em grandes massas destinadas a operação e a serem focos de septicemia, as listas de cirurgia eram arbitrárias. As enfermarias dos hospitais estavam cheias de doentes com cirroses provocadas por muito vinho e pouca proteína. E generalizadamente o vinho era barato e uma "boa zurrapa".
E todos por todo o lado pediam "um jeitinho", "um empenhozinho", "um padrinho", "depois dou-lhe qualquer coisinha", "olhe que no Natal não me esqueço de si" e procuravam "conhecer lá alguém".
Na província, alguns, poucos, tinham acesso às primeiras letras (e últimas) através de regentes escolares, que elas próprias só tinham a quarta classe. Também na província não havia livrarias (abençoadas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian), nem teatro, nem cinema.
Aos meninos e meninas dos poucos liceus (aquilo é que eram elites!) era recomendado não se darem com os das escolas técnicas. E a uma rapariga do liceu caía muito mal namorar alguém dessa outra casta. Para tratar uma mulher havia um léxico hierárquico: você, ó; tiazinha; senhora (Maria); dona; senhora dona e... supremo desígnio - Madame.
Os funcionários públicos eram tratados depreciativamente por "mangas-de-alpaca" porque usavam duas meias mangas com elásticos no punho e no cotovelo a proteger as mangas do casaco.
Eu vivi nesse país e não gostei. E com tudo isto, só falei de pobreza, não falei de ditadura. É que uma casa bem com a outra. A pobreza generalizada e prolongada necessita de ditadura. Seja em África, seja na América Latina dos anos 60 e 70 do século XX, seja na China, seja na Birmânia, seja em Portugal 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

WINSTON CHURCHILL





Num período em que a tecnologia impera e a falta de verdadeiros estadistas se faz sentir, tornando a política numa mera sequência de acções desgarradas e desumanizadas, faz sentido relembrar o nível de algumas intervenções, bem-humoradas (e não só), de Winston Churchill:

  • *      – Bernard Shaw, considerado o maior dramaturgo inglês do Sec. XX, enviou a Churchill, o seguinte telegrama:

- "Tenho o prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver."
                                                                                                                              Bernard Shaw
Churchill, respondeu assim a Bernard Shaw:
- "Agradeço ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver."
                                                                                                                        Winston Churchill

  • *      – Uma deputada da oposição interrompeu o discurso de Churchill para, num aparte, lhe dizer:

"Sr. Ministro, se V. Exa. fosse o meu marido, colocava veneno em seu café!"

Com muita calma, o 1º Ministro tirou os óculos e retorquiu:
- "Se eu fosse o seu marido, eu tomava esse café!"

  • *      Quando Churchill fez 80 anos, um repórter com menos de 30 anos, manifestou o seu desejo, dizendo-lhe:

- Sir Winston, espero fotografá-lo, novamente, nos seus 90 anos.

Resposta de Churchill:
- Por que não? Você me parece bastante saudável!

  • *      Num diálogo mais acalorado com uma oposicionista – Elizabeth Braddock – Churchill desabafou:

- Minha senhora, você é feia.

- E você está bêbado – respondeu ela

- Pois - retorquiu ele – mas eu, pela manhã, já estarei sóbrio.

NOTA
A carreira política de Sir Winston Churchill, que viveu entre 30/11/1874 e 24/01/1965, foi marcada, principalmente, pela forma como desempenhou o lugar de 1º Ministro do Reino Unido durante a 2ª Guerra Mundial, a que chamou de “guerra desnecessária”.
Uma das ideias que Churchill sempre defendeu foi a de que os países europeus deveriam ter impedido a Alemanha de recompor as suas forças antes da guerra, visando, assim, evitá-la.


 MELHOR LUTAR POR ALGO, DO QUE VIVER PARA NADA.
                                                                                                                                                      Winston Churchill

sábado, 25 de fevereiro de 2012

SELASSIE (Sei Lá Quem É)



A NOTÍCIA: (da Lusa)


O FMI integra, com o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, um  conjunto de instituições que está a acompanhar a execução por Portugal do  programa de ajustamento económico e financeiro, contrapartida da ajuda financeira.
"Como parte de uma transição há muito planeada, as missões do FMI a  Portugal vão passar a ser conduzidas por Abebe Aemro Selassie, a partir  da próxima", adiantou a porta-voz do fundo. 
"Para assegurar uma transição tranquila, Selassie integra a atual terceira  missão de acompanhamento, que é liderada por Hossein Samiei", acrescentou.
Quanto a Poul Thomsen, que tem sido o líder das equipas do FMI, é adiantado  que continuará a ter responsabilidades de acompanhamento de Portugal no  Departamento Europeu do fundo, tendo participado na atual missão a Portugal,  e que vai continuar a liderar as missões do FMI à Grécia. 
Abebe Aemro Selassie é diretor adjunto do Departamento Africano do FMI.

UM PRIMEIRO COMENTÁRIO:

  • Dizer que a Troika está "a acompanhar" a execução é um eufemismo que pretende apenas disfarçar que, quem, efectivamente, põe e dispõe, em Portugal, são eles.
  • Repare-se que substituem o "chefe" por um qualquer adjunto, que passará a comandar o processo que nos irá impondo novos sacrifícios, e, tal conhecimento, é tornado público através de um porta-voz do FMI.
  • Referir que é "uma transição há muito planeada" é fazer de todos nós parvos. Como é que pode estar há MUITO planeada, se a Troika cá está apenas desde o Verão passado?
  • Uma das razões, que tem contribuído para as cegas medidas que têm sido tomadas, é o manifesto desconhecimento patenteado pela Troika sobre a realidade portuguesa. E, então, agora, o novo responsável pelo FMI junto da Troika é um etíope "director adjunto do Departamento africano do FMI"? 
  • Do seu currículo consta :

"actualmente dirige as equipes de trabalho na África do Sul e Regional Economic Outlook para a sub-saariana. Anteriormente, no FMI, ele trabalhou em vários países de mercados emergentes, incluindo a Roménia, Tailândia, Turquia e Polónia, bem como uma série de questões políticas. Antes de entrar para o FMI, ele trabalhou para o Governo da Etiópia."

Será possível vir um "SEI LÁ SI É" qualquer dizer-nos o que fazer e como fazer e nós, sem mais, aceitarmos tal subserviência?
Acham que um estadista digno se submeteria a tamanha humilhação?
Cambada de imberbes!!! 
Governo e oposição...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O"NOVO" CARDEAL




    Para além de nos dizerem:

    1. - Que a CULPA da crise é nossa
    2. - Que é necessária AUSTERIDADE 
    3. - Que o país ter de EMPOBRECER
    4. - Que somos PIEGAS 
    5. - Que termos de EMIGRAR

    Ainda temos de ouvir o novo Cardeal a defender que a MULHER tem de estar mais tempo em casa  a educar os filhos…

    E porque não voltarem a ter de obter autorização dos maridos para saírem para o estrangeiro?
     

QUANTO MAIS NOS BAIXAMOS…


Numa reflexão anterior, questionava o que pensaria o Governo sobre o que se está a passar na Europa e, se teria alguma visão sobre o futuro do espaço comunitário. 
 Levantava essa questão porque, até agora, não se ouviu, da parte do Governo, o que quer que fosse, sobre este assunto, que é tão nosso como de qualquer outro país da Comunidade Europeia, parecendo, até, que o nosso estatuto é o de simples observador, sem voto na matéria. Fazemos o que nos mandam, numa postura de subserviência permanente, qual pedinte à porta da igreja, a quem o rico dá uma esmola e fica aliviado pelo bem praticado.
Contrariamente, ao que possa parecer, bajular os poderosos não contribui para que se chegue a uma boa (leia-se justa) solução, mas sim para que eles se convençam que nos têm nas mãos porque os desgraçadinhos se contentam com quaisquer “restos”.

Mas, convenhamos, que a esta postura de “coitadinhos”, por parte dos dirigentes políticos, se parece juntar um total deserto de ideias e, assim sendo, percebe-se porque se calam!!!

Aliás, o Primeiro-Ministro e o seu Governo, já há oito meses no poder, e que na campanha eleitoral sempre disseram que tinham todas as soluções equacionadas, limitam-se, lamentavelmente, a procurar cumprir as instruções da Troika, obcecados com o “parecer bem”, sem que nos apresentem um projecto estratégico coerente para o país, que, no mínimo, nos permita perceber como é que eles concebem o Portugal futuro.

Num momento difícil, como é o actual, em que é preciso definir objectivos e traçar os caminhos para os atingir, em que é necessário gerir os meios materiais e humanos disponíveis para esse fim, em que são necessárias decisões corajosas como, por exemplo, acabar com os interesses corporativos instalados, olhamos para o “plantel” que era suposto governar-nos, e só vemos técnicos, a maior parte de fraca categoria e, pouca ou nenhuma experiência, porque, verdadeiros políticos, que tenham ideias para o país e que, externamente, sejam capazes de, igual para igual, se confrontarem com os supostos poderosos, nem um!!!

Os especuladores só param quando sentem as “barbas” a arder.

É urgente acabar com esta postura de resignados, de bem comportados, de esperançados em que os outros tenham compaixão de nós.
Não têm!
Ninguém nos dá nada!
Quem mais tem, mais quer!

E quanto mais nos baixamos, mais…

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

CAVACO VISTO POR BAPTISTA BASTOS


Artigo de Baptista Bastos no J.de Negócios

A pátria, estarrecida, assistiu, nos últimos dias, à declaração de pobreza
do dr. Cavaco, e aos ecos dessa amarga e pungente confissão. O gáudio e o
apoucamento, a crítica e a repulsa foram as tónicas dominantes das emoções.
Os blogues, aos milhares, encheram-se de inauditos gozos, e a Imprensa,
grave e incomodada, não deixou de zurzir no pobre homem. Programas de
entretenimento matinal, nas têvês, transformaram o coitado num lázaro
irremissível. Até houve um peditório, para atenuar as suas preocupações de
subsistência, com donativos entregues no Palácio de Belém. Porém, se nos
detivermos, por pouco que seja, no dr. Cavaco e na sua circunstância
notaremos que ele sempre assim foi: um portuguesinho no Portugalinho.

Lembremo-nos desse cartaz hilariante, aposto em tudo o que era muro ou
parede, e no qual ele aparecia, junto de um grupo de enérgicos
colaboradores, sob o extraordinário estribilho: "Deixem-nos trabalhar!"
Cavaco governava pela primeira vez e os publicitários colocaram-no e aos
outros em mangas de camisa arregaçadas. Os humoristas de serviço rilharam os
dentes, de gozo, mas a época não era propícia à ironia. O País tornou-se
numa espécie de imagem devolvida do primeiro-ministro: hirto, um espeque
rígido, liso, um carreirinho de gente cabisbaixa.

O respeitinho é muito lindo: essa marca d'água do salazarismo regressava
para um país que perdera a noção do riso, se é que alguma vez o tivera.
Cavaco resulta desse anacronismo que fede a mofo e a servidão. É um sujeito
de meia-tijela, inculto, ignorante das coisas mais rudimentares, iletrado e,
como todos os iletrados, arrojado nas afirmações momentâneas. As suas
"gaffes" fazem história no anedotário nacional. É um Américo Tomás tão
despropositado, mas tão perigoso como o original.

Manhoso, soube aproveitar o momento vazio, no rescaldo de uma revolução que
também acabou no vazio. Os rios de dinheiro provindos de Bruxelas, e
perdulariamente gastos, durante os infaustos anos dos seus mandatos,
garantiram-lhe um lugar de aplauso nas consciências desprotegidas dos
portugueses. Este apagamento da verdade está inscrito, infelizmente, numa
Imprensa servida por estipendiados, cuja virtude era terem o cartão do
partido. Ainda hoje essa endemia não foi extirpada. Repare-se que, fora
alguns escassos casos isolados, ainda não foi feita a crítica aos anos de
Cavaco e das suas trágicas consequências políticas, ideológicas, morais e
sociais. Há uma falta de coragem quase generalizada, creio que explicada
pela teia reticular de cumplicidades, envolvendo poderes claros e ocultos.

A mediocridade da personagem é cada vez mais evidente. E se, no desempenho
das funções de primeiro-ministro, foi sustentado pela falsa aparência de el
dourado, devido aos dinheiros da Europa, generosamente distribuídos por
amigos e prosélitos, como Presidente da República é uma calamidade
afrontosa. Tornou o lugar desacreditante e desacreditado.

Logo no primeiro dia da sua entrada no palácio de Belém, o ridículo até teve
música. Um país espavorido assistiu, pelas televisões, sempre zelosas e
apressuradas, àquela cena do dr. Cavaco, mãos dadas com toda a família, a
subir a rampa que conduz ao Pátio dos Bichos, e ao interior do edifício. Um
palácio que não merecia recolher tal inquilino. Mas ele é mesmo assim: um
portuguesinho no Portugalinho, um inesperadamente afortunado algarvio, sem
história nem grandeza, impelido para o seu peculiar paraíso. A imagem da
subida da ladeira possui algo de ascensão ao Olimpo, com aquelas figuras
muito felizes, impantes, formais, intermináveis. Mas há nisto um panteísmo
marcadamente ingénuo e tolo, muito colado a certa maneira de ser
portuguesinho e pobrezinho: tudo em inho, pequenininho, redondinho.

Cavaco nunca deixou de ser o que era. Até no sotaque que não perdeu e o leva
a falar num idioma desajeitado; no inábil que é; no piroso corte de cabelo à
Cary Grant; no embaraço que sente quando colocado junto de multidões ou de
pessoas que ele entende serem-lhe "superiores." Repito: ele não dispõe de um
estofo de estadista, e muito menos da condição exigida a um Presidente da
República.

O discurso da sua pobreza resulta de todas essas anomalias de espírito. Ele
tem sido um malefício para o País. É ressentido, rancoroso, vingativo,
possidónio e brunido de mente. Mas não posso deixar de sentir, por este
pobre homem, uma profunda compaixão e uma excruciante piedade.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

NOTÍCIAS COM "PIADA"



  • O Presidente da República, deu uma entrevista a um Diário austríaco onde reconhece que o que lhe causa maior "apreensão" são os efeitos da austeridade. E então, sr. Presidente, vai daí, nada!!!
  • A Ministra da Agricultura diz ainda ter "esperança que comece a chover...".É bom que assim seja, pois, de contrário, para poupar água, ainda decreta, no ministério, apenas um banho por semana...
  • O comissário europeu dos Assuntos Económicos saudou o voto positivo do parlamento grego ao pacote de austeridade e condenou a violência "inadmissível" registada em Atenas. Inadmissível????
  • O Sporting corre com o Domingos e admite Sá Pinto.Sem PACIÊNCIA como é que os adeptos vão aturar o novo treinador.
  • Se, por acaso, receberem algum e-mail com assunto "SEM TÍTULO", é favor reencaminharem para o Sporting Clube de Portugal

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PIEGAS

                    - PIEGAS????? Quem????
  •              
    A Grande Questão
    é que ele não disse o que disse, por distracção
    foi mesmo por convicção...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MOMENTO INOLVIDÁVEL



As preocupações permanentes a que estamos a ser sujeitos, faz-nos perder a noção da importância que certos momentos triviais têm para nós.

Partilho convosco um pequeno ficheiro que o meu neto Duarte me deixou no meu computador, quando partiu para Itália.

Momento inolvidável, sem dúvida!!!


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

SONETO - José Régio

Porque me parece muito interessante, aqui se reproduz este 
e-mail que recebi:



José Régio-Soneto quase inédito e muito actual...

        
 Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
  
 
  
 JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.
 Tão actual em 1969, como hoje...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

COMPETITIVIDADE versus SALÁRIOS


Foi aprovado, em Conselho de Ministros, um conjunto de medidas que alteram o Código de Trabalho, agravando as condições de trabalho/compensações remuneratórias, visando, tanto quanto afirmou o ministro da Economia, criar condições de melhoria da Competitividade das empresas.

Fazer crer que a COMPETITIVIDADE das empresas portuguesas é fraca, por força dos salários que pagam aos seus colaboradores, é uma enorme falsidade.
Quando se diz que a Competitividade é fraca, está-se, naturalmente, a compará-la com as de outros países.
Nesse caso, se tal fraqueza resulta do nível das Remunerações praticadas, como se justifica esta constatação, relativamente aos Salários Mínimos na Europa?

Suíça
Luxemb.
Irlanda
Bélgica


2.916,00€

1.757,56€

1.653,00€

1.415,24€


Holanda

França
Reino
Unido

Espanha

Portugal

1.400,00€

1.377,70€

1.035,00€

748,30€

485,00€  


Quanto mais se degradarem as condições e, como consequência, a qualidade do trabalho, mais fraca se tornará a COMPETITIVIDADE.
Gerir não é "cortar"!!!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ABERTURA DO ANO JUDICIAL


A sessão solene da “Abertura do Ano Judicial” foi a versão dos MARRETAS PORTUGUESES.

Cada um “berrou” à sua maneira, a confusão foi geral, sendo certo, que a preocupação que todos demonstraram foi a de “marrarem” uns com os outros, dizendo mal de tudo e de todos e, muito pouco, sobre os verdadeiros problemas da Justiça
E, no final, quando todos já tinham dito cobras e lagartos, o Presidente da República, em momento já desadequado, veio aconselhar contenção verbal.

A Justiça precisa de ser reformada, sem dúvida, mas para tal, dever-se-ia começar por reformar aqueles Marretas.

EXERCÍCIO:

Relembrem-se de quem falou e, digam lá, qual a figura dos Marretas que mais se parece com cada um deles:
·         Presidente da República
·         Presidente da Assembleia da República
·         Presidente do Supremo Tribunal de Justiça
·         Procurador-Geral da República
·         Ministra da Justiça
·         Bastonário da Ordem dos Advogados