segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

QUANTO MAIS NOS BAIXAMOS…


Numa reflexão anterior, questionava o que pensaria o Governo sobre o que se está a passar na Europa e, se teria alguma visão sobre o futuro do espaço comunitário. 
 Levantava essa questão porque, até agora, não se ouviu, da parte do Governo, o que quer que fosse, sobre este assunto, que é tão nosso como de qualquer outro país da Comunidade Europeia, parecendo, até, que o nosso estatuto é o de simples observador, sem voto na matéria. Fazemos o que nos mandam, numa postura de subserviência permanente, qual pedinte à porta da igreja, a quem o rico dá uma esmola e fica aliviado pelo bem praticado.
Contrariamente, ao que possa parecer, bajular os poderosos não contribui para que se chegue a uma boa (leia-se justa) solução, mas sim para que eles se convençam que nos têm nas mãos porque os desgraçadinhos se contentam com quaisquer “restos”.

Mas, convenhamos, que a esta postura de “coitadinhos”, por parte dos dirigentes políticos, se parece juntar um total deserto de ideias e, assim sendo, percebe-se porque se calam!!!

Aliás, o Primeiro-Ministro e o seu Governo, já há oito meses no poder, e que na campanha eleitoral sempre disseram que tinham todas as soluções equacionadas, limitam-se, lamentavelmente, a procurar cumprir as instruções da Troika, obcecados com o “parecer bem”, sem que nos apresentem um projecto estratégico coerente para o país, que, no mínimo, nos permita perceber como é que eles concebem o Portugal futuro.

Num momento difícil, como é o actual, em que é preciso definir objectivos e traçar os caminhos para os atingir, em que é necessário gerir os meios materiais e humanos disponíveis para esse fim, em que são necessárias decisões corajosas como, por exemplo, acabar com os interesses corporativos instalados, olhamos para o “plantel” que era suposto governar-nos, e só vemos técnicos, a maior parte de fraca categoria e, pouca ou nenhuma experiência, porque, verdadeiros políticos, que tenham ideias para o país e que, externamente, sejam capazes de, igual para igual, se confrontarem com os supostos poderosos, nem um!!!

Os especuladores só param quando sentem as “barbas” a arder.

É urgente acabar com esta postura de resignados, de bem comportados, de esperançados em que os outros tenham compaixão de nós.
Não têm!
Ninguém nos dá nada!
Quem mais tem, mais quer!

E quanto mais nos baixamos, mais…

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