segunda-feira, 8 de abril de 2013

LIÇÕES DA HISTÓRIA IV (textos/pesquisa)


 
6 – A RESTAURAÇÃO

O desaparecimento de D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir ocasionou uma crise dinástica em Portugal, tendo o trono sido ocupado, primeiro pelo Cardeal-Rei D. Henrique e, depois,  por Filipe II de Espanha, que era neto de D. Manuel I.
Durante 60 anos, Portugal esteve sob o “domínio filipino” (1581/1640), sendo, na prática, como que uma província espanhola.

Ao longo desse período, os Burgueses portugueses foram empobrecendo e os Nobres, não só iam ficando mais pobres, como viam os seus cargos ocupados pelos espanhóis. Para além disso, os Impostos pagos pelos portugueses estavam a ser utilizados para custear as despesas do Império espanhol.

Perante esta situação, começa a ser cada vez mais poderosa a ideia da recuperação da independência, a que aderem todos os grupos sociais.

Inicia-se, então, uma conspiração organizada por um grupo de nobres – cerca de 40 conjurados – que, no dia 1 de Dezembro de 1640, invadem, de surpresa, o Palácio Real e matam Miguel de Vasconcelos*.
A revolta toma, imediatamente, corpo, em todo o país, com o povo em geral (urbano e rural), dando o poder reinante a D. João IV, então Duque de Bragança.

Durante 28 anos os portugueses sustiveram as sucessivas tentativas de invasão pelos exércitos de Filipe IV e vencendo-os nas mais importantes batalhas em todas as frentes, tendo culminado com o Tratado de Lisboa (1668), em que foi estabelecida a paz definitiva entre as partes, reconhecendo a Espanha a Restauração da Independência de Portugal.

Ao longo da História, tem-se provado,
que, nem sempre os aparentemente mais poderosos, o são de facto.


*Miguel de Vasconcelos era um político português que, durante o domínio filipino, desempenhou o cargo de “Escrivão da Fazenda e de Secretário de Estado” em nome do rei Filipe IV de Espanha     (Filipe III de Portugal), tendo plenos poderes para aplicar pesados Impostos em Portugal.
Era, obviamente, odiado pelo povo porque, sendo português, colaborava com os representantes da dominação filipina.
Foi a primeira vítima do golpe do 1º de Dezembro, pois, os Conspiradores, ao invadirem o palácio e, ao encontrarem-no escondido num armário, mataram-no e, de seguida, atiraram-no pela janela fora.

                                                   

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