quinta-feira, 4 de julho de 2013

A CRISE NO GOVERNO

Uma crise é sempre o resultado de algo que está a correr mal.
Quando tudo está bem, não há crise.
Assim sendo, a única forma de a debelar é corrigir (extirpar) o que a originou.
Se temos um furúnculo, não há betadine que o resolva, nem basta lancetá-lo, é mesmo preciso espremê-lo para que todo o pus, que lá se foi depositando, ao longo do tempo, seja expulso e, permita assim, que se criem as condições para a recuperação e cura.

Em Portugal, com o actual Governo, passa-se algo de semelhante.
A sua implosão, com o saltar de Gaspar e Portas, não é suficiente. Se não se tirar de lá a restante massa infectada que, sobretudo, Passos Coelho representa, a infecção não só não desaparece como se espalha pelo corpo todo, tornando impossível a retoma da saúde do país.

Passos Coelho é um inconsciente e, enquanto tal, não irá nunca reconhecer as suas incapacidades para desempenhar as funções de Primeiro-ministro.
No seu discurso, mal-amanhado, que fez na segunda-feira, à noite, em que em desespero de causa, afirmou “não me demito”, fez-me lembrar Vasco Gonçalves, em Almada, em Agosto de 1975, mas, tal comparação é porque ambos estavam no estertor do seu “consulado”, porque Coelho, relativamente a Gonçalves, nem aos calcanhares lhe chega.

Passos pode ser (duvido) muito eficiente noutras tarefas, mas as provas, enquanto governante, estão mais que suficientemente dadas, de que, tal como o Sapateiro, também Passos Coelho não sabe tocar Rabecão.

Como é usual dizer-se, Passos Coelho não faz parte da solução. Ele é agora o verdadeiro problema.

É preciso extirpá-lo!

                                                                        

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