Uma
crise é sempre o resultado de algo que está a correr mal.
Quando
tudo está bem, não há crise.
Assim
sendo, a única forma de a debelar é corrigir (extirpar) o que a originou.
Se
temos um furúnculo, não há betadine que o resolva, nem basta lancetá-lo, é
mesmo preciso espremê-lo para que todo o pus, que lá se foi depositando, ao
longo do tempo, seja expulso e, permita assim, que se criem as condições para a
recuperação e cura.
Em
Portugal, com o actual Governo, passa-se algo de semelhante.
A sua
implosão, com o saltar de Gaspar e Portas, não é suficiente. Se não se tirar de
lá a restante massa infectada que, sobretudo, Passos Coelho representa, a
infecção não só não desaparece como se espalha pelo corpo todo, tornando
impossível a retoma da saúde do país.
Passos
Coelho é um inconsciente e, enquanto tal, não irá nunca reconhecer as suas
incapacidades para desempenhar as funções de Primeiro-ministro.
No seu
discurso, mal-amanhado, que fez na segunda-feira, à noite, em que em desespero
de causa, afirmou “não me demito”, fez-me lembrar Vasco Gonçalves, em Almada,
em Agosto de 1975, mas, tal comparação é porque ambos estavam no estertor do
seu “consulado”, porque Coelho, relativamente a Gonçalves, nem aos calcanhares
lhe chega.
Passos
pode ser (duvido) muito eficiente noutras tarefas, mas as provas, enquanto governante,
estão mais que suficientemente dadas, de que, tal como o Sapateiro, também
Passos Coelho não sabe tocar Rabecão.
Como é
usual dizer-se, Passos Coelho não faz parte da solução. Ele é agora o
verdadeiro problema.
É
preciso extirpá-lo!

Sem comentários:
Enviar um comentário