Nada do que está a acontecer na
Europa (e não só) é inesperado.
O capitalismo é um processo contínuo
que ocasiona a acumulação de capital, sendo que os que detêm a riqueza vão-se assenhoreando
do poder e não permitem a justa redistribuição dos valores obtidos a partir do
trabalho de todos.
Vivendo nas suas torres de
marfim, os detentores das grandes fortunas, nas suas mais diferentes formas,
pagam a peso de ouro às elites (políticas, bancárias, militares, etc.), para
não só lhes garantirem o “statu quo”,
mas para procurarem aumentar ainda mais as suas riquezas, explorando o trabalho
e, mesmo, as dificuldades das populações em geral, com maior incidência na
classe média.
A riqueza destes “nababos” pornograficamente
ricos e o egoísmo daqueles que, servilmente, lhes lambem as botas tolda-lhes,
por completo, a capacidade de raciocínio ao ponto de não me parecer já possível
resolver o problema com simples reformas. Aliás, cada vez mais, voltamos a
ouvi-los defender as virtudes da pobreza. “Pobrezinhos
mas honradinhos”…
A História mostra-nos que estes “canalhas”
são insensíveis ao sofrimento de todos os que nem sequer conseguem os meios
para alimentarem as famílias e que a única voz que eles entendem é a voz da
violência, porque bem podemos apregoar estas verdades, fazer manifestações,
comícios, greves, que nada os demove.
Para eles “o cão ladra e a caravana passa triunfalmente”.
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