quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PORTUGAL PERGUNTA

“Portugal Pergunta”, na RTP 1 é um programa de efeito pernicioso pois permite que o “entrevistado” responda às questões que lhe são postas sem que, de seguida, haja o contraditório que ponha em causa os argumentos apresentados.
Fica, portanto, no ar, a resposta dada, como o raciocínio correcto sem possibilidade de qualquer objecção o que, em última análise, acaba por ser um logro.

Não sei bem porquê, mas à medida que o programa de hoje, com o Primeiro-Ministro, Passos Coelho, se ia desenvolvendo, veio-me à memória as “Conversas em família” de Marcelo Caetano, que procurava convencer-nos que tudo ia bem e que, por tal, ainda lhe devíamos estar agradecidos.


Passos Coelho também tentou fazer o mesmo mas, claro, com uma capacidade a milhas de Marcelo Caetano.

2 comentários:

  1. Olá!

    Subscrevo tudo! De facto, o programa foi apenas uma oportunidade desperdiçada de realmente questionar o Primeiro-Ministro (?) e até de lhe responder à recente pergunta por ele próprio colocada, de "o que é que a Constituição fez por..."!

    Perguntas claramente preparadas, inoportunas, desenquadradas e ao jeito de um tipo que é limitado em todos os aspectos que é possível enumerar para o cargo que ocupa. Saudou-se o tom e a atitude "pacifista" dos cidadãos, que somos um povo de facto "brando" mas... constatar verdades tem necessariamente de fugir a isso.

    Passos cometeu pelo menos, dois erros graves... por duas vezes disse a jovens cidadãos que "havia quem estivesse pior que eles" e tratou várias vezes as pessoas pelo nome para tentar aliviar o tom...! Não respondeu a uma única pergunta e cometeu vários erros de gramática e/ou sintaxe (já vem sendo habitual).
    As perguntas... digamos que foram perguntas de merda! Zero! Não têm outra qualificação, merda!

    Os panos encharcados também podem ser com palavras e ali, Passos tinha de ser encostado à parede! Uma oportunidade desperdiçada num programa frouxo, numa perda de tempo e numa imagem do país que temos...!

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  2. Maria Emília Paulos Foi, no mínimo, confrangedor!!! Razão teve a CNE quando contrariou que este programa avançasse antes das eleições. Passos Coelho "actuou" com se fosse um "actor" e que as pessoas que lhe falavam dos problemas pessoais/ gerais, como o estado miserável em que se encontra a EDUCAÇÃO, no nosso país, ele ignorou muitas dessas perguntas, respondeu a seu belo-prazer, como se as pessoas que lhe levantavam as questões fossem meros espectadores. Mais, Pedro Passos Coelho está convencido de que foi escolhido ( por Deus, talvez, ??? ) , " Um Iluminado " para salvar o país, como no tempo de D. José, em que imperava " O DESPOTISMO ESCLARECIDO ". Tal como nessa época, em que os monarcas só tinham que prestar contas a Deus pela sua governação, este primeiro-ministro tem as mesmas pretensões!!! Não se enxerga mesmo... Vejamos: um governante que responde a uma senhora, cuja reforma é de 680 euros " que tenha em atenção que não há cortes nas reformas abaixo dos 600 euros " mostra, mais uma vez, que é um homem sem sensibilidade social. Isto já para não falar de um primeiro-ministro que considera irrelevante as mentiras ou as asneiras do ministro dos Negócios Estrangeiros. Enfim, muito mais haveria para dizer, mas não vale a pena , acho eu.....

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