terça-feira, 17 de julho de 2012

IDEOLOGIAS


A)     A ideia da indispensabilidade tem sido defendida, desde há muito, sobretudo por políticos e militares que entendem que só as suas concepções são capazes de levar os países (sociedades) no único e bom caminho.
O que, entretanto, tem acontecido é que a sua concretização implica ter o poder e, depois, em consequência, tal poder é utilizado de forma indiscriminada, a partir da crença de que os fins justificam os meios, impondo, então, sacrifícios desmesurados, considerando-os justificáveis, por maiores que sejam, quando, dizem eles, os comparamos com os benefícios que virão a ser colhidos pelas gerações vindouras.

(um parêntesis para dizer que nunca entendi porque é que as gerações vindouras, sejam elas quais forem, hão-de beneficiar mais do que quer que seja, do que as presentes).

Mas, o que a história nos tem mostrado é que, a partir destes princípios, têm surgido ditaduras que resolvem as resistências a ferro e fogo, vindo-nos, logo à ideia Estaline, como um dos expoentes máximos dessas políticas.

B)      Nas actuais sociedades constitucionais e democráticas, as situações tendem a ser diferentes.
Mas é preciso deixar claro que não há inevitabilidades.
Por facilitismo, é preciso referir, de forma categórica, que o que opõe os keynesianos aos neoliberais, não são questões meramente técnicas para resolver problemas pontuais.
Trata-se, de facto, de concepções ideológicas diferentes de como conduzir a política e, consequentemente, organizar as sociedades.

C)      Os resultados desastrosos, que estão à vista de todos, como consequência da “mãozinha invisível” neoliberal da austeridade virtuosa que há-de regular os “mercados”, não podem, nem devem ser justificados pela simples crença que nos começam a querer impingir:

                  “de que o negócio é bom, o governo é que é mau”.

A Política é que está completamente errada.

D)     No caso de Portugal, o que acontece é que há uma coincidência:

A actual política não é solução e o Governo ainda contribui para o problema.


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