segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O FANTASMA DA CRISE POLÍTICA …



Fortemente apoiados pelo Presidente da República, todos os Partidos da Oposição não hesitaram em se juntar e criar as condições para que o Governo de Sócrates caísse, porque, segundo eles, era necessário substituí-lo para salvar o país da bancarrota, forçando, então, a um Acordo com a Troika, que, acrescentavam, “já deveria ter sido feito há muito tempo”.

É bom lembrar, que as condições do Acordo foram intensamente negociadas entre o Governo e a Oposição, chefiada então pelo Catroga, que se vangloriou de que muito daquilo que lá ficou escrito a ele se devia. Portanto, as condições acordadas foram sobrescritas pelos três Partidos – PS / PSD / CDS, que, obviamente, não só são corresponsáveis, como o ficaram a conhecer muito bem.

Nessa situação de crise, criada intencionalmente para derrubar o Governo, a solução óbvia foi a de promover eleições, que decorreram com normalidade democrática, tendo sido eleito novo Governo (PSD/CDS), com maioria absoluta, que garantiu ter todas as soluções para os problemas do país e que tem podido governar, a seu belo prazer, tomando, livremente, as medidas que entende adequadas e que, do seu ponto de vista “lírico” estão a ter resultados espectaculares.

Mas a verdade é que, a realidade, do dia a dia, desmente, de forma clamorosa, essas atoardas do Primeiro Ministro e do Ministro das Finanças, em que os resultados das políticas seguidas estão à vista, em que “não há cão nem gato” que esteja de acordo com o Governo, e, em que até mesmo a grande maioria dos mais “conceituados” membros dos Partidos da Coligação demonstra a sua total discordância, perante os consecutivos erros de previsão dos objectivos definidos, mas também da imaturidade demonstrada e da incapacidade de definir um rumo e uma programação estratégica para o país.

Portugal, está, pois, muito pior, sem rumo, a ser “navegado” à vista, com o povo sem ânimo e com o Governo amedrontado, acantonado e desnorteado e a Coligação a dar sinais de desmoronamento e de grande desconfiança entre eles.

Ainda assim, o Primeiro Ministro insiste nesta desastrosa política de empobrecimento acelerado, neste sinuoso labirinto sem saída, “cantando e rindo” como nos tempos da Mocidade Portuguesa, tempos para os quais parece querer- nos fazer voltar.

Face a esta situação, não será indispensável estancar esta sangria desatada, antes que seja tarde demais?

Qual é o drama de derrubar este Governo, promover novas eleições, e se procurar avançar com uma nova política realista, que possa vir a possibilitar a criação de riqueza e, então sim, criar condições para que, num espaço de tempo adequado e com encargos financeiros não especulativos, possamos vir a pagar gradualmente aos nossos credores?

O FANTASMA DA CRISE POLÍTICA subjacente à queda do Governo, não passa disso mesmo. É uma mera tentativa de tentarem sobreviver incutindo-nos o medo do caos!

Afinal, o Governo anterior não foi derrubado, como eles dizem, à beira da bancarrota? E o que é que aconteceu?
O país não desapareceu, nem a democracia enfraqueceu!
Bem pelo contrário!
O povo pronunciar-se é sinal de vitalidade, de capacidade de renovação, de vontade de sair do marasmo e de seguir em frente.
Um novo Governo e uma nova política virada para as pessoas serão, certamente, a melhor forma de surgir uma nova esperança e de tornar o país viável e, assim, podermos cumprir os compromissos que se venham a reassumir com os nossos credores numa base, obviamente, realista.

O que está a acontecer é que nos levará ao incumprimento e ao descalabro.

É tempo de deixarmos de ter medo porque, aconteça o que acontecer, é sempre melhor do que irmos morrendo dia a dia, com crescente sofrimento.

1 comentário:

  1. Este governo está moribundo e, nem nos cuidados paliativos tem qualquer hipótese de se salvar.
    É urgente que este governo desapareça de vez, e que o Presidente da República sinta que tem de agir, rapidamente, para bem do país e dos portugueses. Como?
    Ou, através de eleições, ou, então, por iniciativa presidencial, em que o PR nomeie um primeiro-ministro competente,responsável e com sensibilidade política e social e, obviamente, em consonância com a Assembleia da República.
    Esta situação em que vivemos é que é, completamente, insustentável: Após tantos sacrifícios que foram pedidos aos portugueses, encontramo-nos numa situação muito pior, do que há ano e meio e, na contingência de pedir mais dinheiro.... e as desigualdades sociais a aumentarem drasticamente, para não falar do desaparecimento da Classe Média. Caminhamos a passos largos para o caos.
    Espero bem, que toda esta agonia, provocada por esta pandilha , esteja no seu términus e, que o velório e respectivo funeral deste governo, esteja para breve. Haja esperança!

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