Este
fim-de-semana, o país ficou perplexo quando ouviu Passos Coelho, que,
teimosamente, tem defendido que nem sequer aceita renegociar o Acordo com a Troika,
vir agora dizer que tal documento tem de ser REFUNDADO.
E a
interrogação, generalizada, é de tentar saber o que tal palavra, na boca do
Primeiro-Ministro, quererá dizer.
Se a
questão tem a ver com o significado, nada melhor do que consultar o dicionário.
Pois
bem, REFUNDAR significa:
-
Tornar mais fundo
-
Fundar novamente
- Afundar
Mas se
afinal significa “afundar”, ah! Então não estamos perante novidade nenhuma, é,
exactamente, isso que tem vindo a acontecer.
A menos
que tenha sido um lapso e ele quisesse dizer REFUNDIR.
Aí o
Dicionário diz-nos que tal palavra significa:
- Derreter
de novo
- Transmudar
de um vaso para outro
Mais
uma vez, tal não traria nenhuma novidade, porque mudar dos que menos podem para
os que mais têm, tem sido a prática corrente deste Governante e dos seus
apaniguados.
Apetece-me
dizer “REFUNDAR”?
VAI TU!
««« Não tarda mesmo nada........esse "patife" desaparece do MAPA ou então AFUNDA-SE nas profundezas do mar »»»
ResponderEliminarMeu caro Jorge, publiquei este meu apelo no facebook e acho que ele também faz sentido aqui.
ResponderEliminarEu que eu sou dos que acho que esta coisa a que chamamos país deve efectivamente ser refundado, eventualemente não no sentido empregue pelo PSD.
Até agora ainda não vi o PS distanciar-se das práticas do PSD, ou seja, diz que faria diferente se lá estivesse, mas lembra-me a indignação do Passos Coelho às últimas medidas de austeridade do Sócrates e depois fez bem pior. Já percebeu o que vai fazer o PS se o governo cair? Eu penso que vai fazer exactamente a mema coisa
Foi, aliás, muito estranha a indignação do PS com a Ministra da Justiça quando ela disse uma coisa acertada: "a impunidade tem que acabar". Pelo que fiquei com a ideia que o PS não quer que acabe a impunidade.
Provem-me que estou enganado. Ora aqui vai o tal apelo:
À atenção dos meus amigos do PS que andam tão indignados com o PSD mas que ficaram calados quando este se recusou baixar as subvenções do Estado aos partidos. A eles que se indignam com tanta coisa, também gostava de os ver indignados com o silêncio ímpio do seu partido a este respeito. É quanto a mim um assunto fulcral que mostra a honestidade, ou, não e a vontade de fazer verdadeiramente diferente e não defender, como sempre, os interesses dos mesmos. Indignem-se pois também com o PS para que este deixe de ser o PS dos Sócrates e dos Varas e seja efectivamente aquilo que não é, uma alternativa válida ao PSD. Senão vai ser sempre mais do mesmo!
faltava assinar: Paulo Morais
ResponderEliminarMeu caro Paulo
EliminarA tua pergunta sobre o que faria o PS se o Governo caísse,parece-me falaciosa, porque a mesma questão pode ser posta à quase totalidade dos mais qualificados dirigentes do PSD que têm vindo a criticar o Governo, de uma forma, por vezes, ainda mais acutilante do que o tem feito o PS.De facto é difícil saber o que fariam, mas o que me parece evidente é que não fariam pior por tal ser impossível.
A falácia está, em minha opinião, no facto de colocares essa questão antes de responderes, frontalmente e sem rodeios, se comungas da organização de uma sociedade portuguesa tal qual a que o Governo pretende criar, ao tomar as medidas que tem vindo a tomar e que não são avulsas, mas sim ideológicas. Disfarçar esta questão nomeando os Varas e outros eventuais vígaros que passaram pelo PS ou os Dias Loureiros, Isaltinos, Duarte Lima, e tantos outros que passaram pelo PSD é lançar uma parede de fumo para não nos confrontarmos com a realidade que dia a dia se vai tornando mais clara sobre a intenção dos defensores das políticas ditas de austeridade que, por fé,diz o Governo, têm de ser implementadas "custe o que custar" e já, como se nada do que está a ser feito não tivesse a ver com pessoas, das quais as que mais sofrem em nada contribuíram para que tal esteja a acontecer.
Em termos de alternativa, a questão não é que alternativa ao PSD, mas sim a este Governo e às políticas a caminho de uma sociedade de empobrecimento estrutural que eles entendem ser o modelo virtuoso.
Só mais uma nota: Eu também acho que a impunidade tem de acabar. Mas "porra" estou farto de "slogans". O que é que a ministra (e não só) fizeram para meter na prisa,por exemplo, todos os vigaristas acima referidos?
Propositadamente, não referi, no grupo dos "negociantes" nem o Sócrates, nem o Paulo Portas, nem o Cavaco, apesar do que deles por aí se diz!!!!
Meu muito querido primo e amigo,
ResponderEliminarA dúvida é essa mesmo, embora pareça ímpossível fazer pior, é sempre possível e o facto é que não vejo o PS ser oposição, nem sequer mostrar uma ideia. São mais oposição ao governo os próprios militantes do PSD, como o Capucho ou a Manuela Ferreira Leite do que o grupo parlamentar do PS todo junto. Por favor arranjem um líder, com muita urgência e que não seja um garoto, como aliás já os ouvi considerar os que nos estão a governar. No meio disto repito a pergunta: quais são as ideias do PS sobre a governação, quais são as ideias do PS sobre os impostos, quais são as ideias do PS sobre o fim dos subsídios de Natal e de Férias, quais são, em suma, as ideias do PS para Portugal? Se eu que tenho alguma cultura não percebo, imagino os que não tiveram a sorte de ser privilegiados e fazem parte da metade da população que sofre de iliteracia.
O PS pode aliás fazer as duas coisas ao mesmo tempo: arrumar a casa e fazer oposição. Não tenho dúvidas que esse será o primeiro passo para derrubar o governo mas, se quer a minha opinião, acho que o Seguro está a gostar que o governo faça o trabalho sujo por ele.
Meu caro em vez de perderem tempo a contra-argumentar relativamente ao que digo, talvez fosse muito mais útil ao país pensarem que tenho razão e fazer uma coisa muito simples que ando a dizer há algum tempo: sejam oposição!
Um abraço
Paulo
Grande Paulo
ResponderEliminarAs questões que levantas são interessantes, mas carecem de algum aprofundamento sem o que tenho alguma dificuldade em entender o teu pensamento.Vejamos:
1."O PS não é Oposição" "O PS pode arrumar a casa e fazer oposição...esse será o primeiro passo para derrubar o Governo".
- Ser Oposição, em minha opinião, não significa ter, como objectivo principal, derrubar o Governo. Significa, sobretudo, denunciar os erros das políticas seguidas, face aos resultados alcançados. E é isso, exactamente, que não só o PS mas, praticamente todo o país anda a fazer, incluindo os por ti referidos Capucho e Manuela Ferreira Leite, mas também muitos mais dirigentes e ex-dirigentes da maioria no poder.
- O que é que te parece que distingue os governantes do PSD da maior parte dos restantes dirigentes do Partido que, em público, se manifestam contra as políticas seguidas? Serão razões ideológicas? Meras trincas internas? Reconhecimento de que votaram num programa que nada tem a ver com as políticas que estão a ser postas na prática? Bom, quanto à necessidade de arrumar a casa, "diz o roto ao nú"....Era de facto um primeiro passo para uma boa governação, que o PSD se entendesse sobre a definição da sociedade que pretende construir.
2. "A maioria da população não percebe as ideias do PS sobre a governação" Admito, claro. O que não consegui perceber é se tu achas que a população (ou mesmo nós que, de facto, somos uns privilegiados)
conseguimos perceber as ideias do Governo sobre o que está a fazer e sobre o que pensa sobre o futuro deste país.Experimenta responder às tuas próprias perguntas: - Quais são as ideias do PSD e/ou do Governo sobre os Impostos? - Quais são as ideias do PSD e/ou do Governo sobre o fim dos Subsídios do Natal e de Férias? - Quais são, em suma, as ideias do PSD e/ou do Governo para Portugal?
3. Contra-argumentar relativamente ao que dizes, não é perda de tempo,é um gosto!
4. Dar-te razão é mais difícil enquanto não fizeres, como tu dizes, uma coisa muito simples e que é dizeres se estás ou não de acordo com as políticas que estão a ser seguidas pela Coligação que está a governar(estará?)ou, se pelo contrário, defendes outro caminho que tenha em conta não só os privilegiados (como nós)mas também a "outra metade da população que sofre de iliteracia"
Um forte abraço
Jorge