terça-feira, 28 de maio de 2013

MALTHUSIANISMO vs ULTRANEOLIBERALISMO

Thomas Malthus (1766-1834) defendia a teoria de que era indispensável estabelecer um limite à reprodução humana, tendo em atenção que o crescimento demográfico, segundo ele, ocasionaria o aparecimento, sucessivo, de zonas saturadas de população em busca de alimentos que se esgotariam, tendo, como consequência, a fome, a doença, o vício e a guerra.

Malthus preconizava, então, como solução, aquilo a que chamava “restrição moral” e que consistia em adiar a idade do casamento e a abstinência de relações sexuais antes do matrimónio.

Esta ideia obsoleta, que se contrapunha à liberdade individual da Revolução Francesa, parece, agora, estar a renascer com o aparecimento e florescimento dos ultraneoliberais, tanto pelo que dizem, como pela forma como agem, na medida em que, permanentemente, deixam transparecer que descobriram que, para eles, constitui uma ameaça para o futuro das próximas gerações, o facto de ter aumentado a esperança da vida da humanidade.

À semelhança de Malthus, é agora aos de mais idade (pensionistas e reformados) que é preciso fazer restrições, preconizando que não carecem de mais meios do que os mínimos indispensáveis para não morrerem à fome. Quanto à dignidade, a maioria deles, nem sequer sabe o que isso é.

O que sabem, é que se “essa gente” morrer mais cedo do que mais tarde, melhor, pois, dessa forma, diminuirá, também, a despesa do Estado, o que contribuirá, para a endeusada diminuição do deficit.


Afinal, trata-se apenas de concretizar, na prática, o tão apregoado “CUSTE O QUE CUSTAR”.









                                                         

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