Poiares Maduro veio de
Florença para ser Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro e do Desenvolvimento Regional
e, assim, coordenar o Governo e gerir os fundos comunitários.
Trata-se de uma função
muito relevante, para a qual se supõe dever ser chamado alguém que, pelo seu
conhecimento aprofundado da realidade portuguesa e pelas provas dadas,
rapidamente, demonstre como foi adequada a escolha.
Embora, ainda seja cedo
para se tirar conclusões definitivas, convém observar certos detalhes que nos
trazem alguma inquietação.
Primeiro exemplo:
Numa entrevista publicada
neste fim-de-semana, pelo Expresso, quando posto perante a posição do CDS,
relativamente à não aplicação da “TSU das pensões”, Maduro retorquiu:
”Não respondo a declarações
de Partidos da coligação”.
Comentário:
Isto
é resposta que deva ser dada pelo Ministro “coordenador”?
mais à frente, o
jornalista interroga-o sobre a comunicação entre o Governo e os Cidadãos, que
não tem corrido bem. Responde o ministro:
“Vamos
fazer um esforço enorme. Encomendei um estudo ao prof. Ricardo Reis, da
Universidade da Columbia, sobre como desenvolver uma política de informação dos
cidadãos em matérias tão complexas…”
Comentário:
Então
Poiares Maduro vem de Florença para Ministro e não é suficientemente
especialista na matéria, ao ponto de ter de encomendar um estudo, sobre
comunicação, a um professor da Universidade da Columbia?
Ele
não sabe, mas não há cá quem saiba?
Outro exemplo:
Ontem mesmo, o Ministro
reuniu com os Sindicatos (onde não esteve o tempo todo, por razões da sua
agenda), não se coibindo, todavia, de, no final, afirmar, publicamente, para a
Comunicação Social, que:
“os
Sindicatos foram mal preparados para a reunião”.
Comentário:
Uma
afirmação destas não demonstra uma arrogância escusada?
Quem responde assim, não há dúvida, que carece
de um estudo ou, quiçá, de um curso, para aprender a lidar com os parceiros.
Perante tal início, ou
me engano muito, ou, no curto prazo, iremos verificar que Poiares Maduro, ainda
está muito “Verde”.
Tenho um amigo que,
quando vê alguém com a postura assumida por Maduro, costuma dizer:
“Tem cá
uma pinta…”
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