sábado, 21 de janeiro de 2012

Ani bá bá



Aníbal Cavaco Silva, descaradamente, declarou, na televisão, que o valor das reformas que o casal usufrui, não lhes chega para cobrir as suas despesas, acrescentando que, como durante ao anos de casados, ele e a sua Maria sempre tiveram o hábito de todos os meses porem alguma coisinha de lado, agora podem, com essas poupanças, sobreviver.

Considerar que cerca de 10.000 euros não lhes chega para as despesas, não teria demasiada importância se tal não fosse dito pelo Presidente da República, em público, perante um país em que o desemprego cresce em flecha e, onde a grande maioria dos ainda empregados, bem como os restantes reformados, auferem rendimentos miseráveis e a quem, dia-a-dia, lhes são exigidos crescentes e incompatíveis sacrifícios.
É, no mínimo, uma imoralidade!!!

O Aníbal e a Maria são mais um exemplo da “multiplicação dos pães” porque se as reformas são baixas é porque, certamente, sempre ganharam pouco, mas, ainda assim, não só conseguiram fazer um pé-de-meia que agora os vai ajudar, como também permitiu o negócio da casinha do Algarve e, ainda lhes possibilitou a compra e venda das acções de BPN, que nada tiveram a ver com os amiguinhos que os rodeiam, como, malevolamente, se andou por aí a dizer, mas sim e apenas com o aforro feito, ao longo da sua vidinha, por este casal modelo de poupados.

Como é possível que esta cambada, “Ani bá bá e os qu antos amigos”, que sempre se governaram à conta, tenham o desplante de tentar fazerem-nos de parvos, apesar de serem públicas as falcatruas em que, directa ou indirectamente, andaram metidos.  

Não sei porquê, mas sempre que o Aníbal fala, em público, destes temas, me recordo das suas imagens, na Televisão, a falar com a boca cheia de Bolo-Rei.

                                                                                        

2 comentários:

  1. Um Presidente que sente necessidade de se justificar com tal demagogia barata, confirma a falta de nível que sempre demonstrou.
    Talvez venha a ser necessário criar um IEDP (Imposto Extraordinário para as Despesas do Presidente).

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  2. Quando pensamos que esta malta já não consegue mais bater mais fundo... pois que Voilá! Mas alguém se surpreendeu?!

    O mais grave é que este animal/aníbal tinha perfeita consciência do que queria e estava efectivamente a dizer! Que não havia vergonha, já sabíamos!
    Que o cinismo e a maldade deste homem (?) tenham chegado a este ponto é natural dado o historial...!

    E ainda vai ficar ofendido se tocarem no assunto, afirmando que é má fé e etc e tal!

    Ó Cavaco... quando pá?! Quando?!

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