terça-feira, 17 de janeiro de 2012

CAPACIDADE DE GESTÃO

Feito que foi o Acordo na Concertação Social, estão reunidas, segundo o Ministro da Economia, as condições para que o país se torne mais competitivo.

Supor que a economia portuguesa melhora, significativamente, a sua competitividade, com as medidas agora adoptadas é pura ilusão.

O principal objectivo alcançado, com este Acordo, é, no fundo, o embaratecimento do custo do trabalho. Ora, o que acontece, é que o trabalho, em Portugal, de há muito, que é dos mais baratos da Zona Euro e se, de facto, dependesse, principalmente, desse factor, naturalmente, que a nossa economia deveria ser das mais competitivas da Europa, mas não é!

Há, na minha opinião, um elemento mais importante do que o custo do trabalho, é a forma de como ele é organizado e, tal, passa, essencialmente, pela CAPACIDADE DE GESTÃO dos nossos empresários.

Vejamos, nos próximos tempos, como vão ser utilizados estes novos instrumentos.
Vamos ver se, com eles, se consegue diminuir o desemprego, como deveria resultar com a melhoria da competitividade ou, se apenas, se irá aumentar a contratação com mais baixos salários e, consequentemente, diminuir a qualidade do trabalho prestado com efeitos negativos na produtividade e, obviamente, na competitividade das empresas.

É pena ninguém se lembrar de criar uma Bolsa de “Novas Oportunidades” para os empresários e gestores das pequenas e médias empresas, cuja frequência, por exemplo, seria considerada para a concessão de financiamentos em condições mais vantajosas.

Já agora, neste Acordo, em que de novo se reduzem os direitos dos que trabalham, não teria sido mau, prever a existência de um prémio, por ventura percentual, para os colaboradores cujas empresas sejam lucrativas.

Nem os prejuízos são apenas resultado do trabalho dos colaboradores, nem os lucros são consequência única da gestão dos empresários.

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