quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MARIA ANTONIETA






Todos os interessados, minimamente, pela época em que ocorreu a Revolução Francesa, deverão ver o filme
                              MARIA ANTONIETA”
dirigido por Sofia Coppola , com Kirsten Dunst no papel da protagonista.

Quem não é especialista em História, poderá ficar com uma noção mais exacta (realista) do ambiente que se vivia na corte, nos finais do século XVIII.

A situação em França era muito grave, com a grande maioria do povo a viver na miséria e o desemprego a crescer em progressão geométrica.
O clero encimava a pirâmide social, abaixo do qual estava a nobreza que vivia de forma opulenta, com luxos de toda a espécie, lançando impostos sobre os trabalhadores, camponeses e burguesia, para, assim, poder alimentar toda aquela sumptuosidade.

Reinava Luís XVI que, ainda príncipe, casara com Maria Antonieta, princesa austríaca, que, rapidamente, introduziu na corte francesa um ambiente de luxo e fantasia, com festas e banquetes, operas e teatros, corridas de cavalos e caçadas e os célebres bailes onde as mulheres se apresentavam mascaradas, permitindo, assim, um certo relacionamento com nobres de passagem, sem serem reconhecidas.

Neste ambiente, para eles, natural, tanto os reis como a restante corte viviam, completamente, alheados dos efeitos que a sua governação estava a ter sobre o povo em desespero, sendo exemplo desse distanciamento e arrogância a célebre frase, atribuída a Maria Antonieta que, quando lhe disseram que o povo não tinha pão, retorquiu:
                                                                      “se, não têm pão, comam brioches”.

A situação tornou-se de tal forma insustentável e incontrolável, que o povo saiu à rua tomou a Bastilha e derrubou a monarquia.

Os reis foram presos e mais tarde guilhotinados e os bens da Igreja confiscados.

Quando o alheamento dos governantes, relativamente à vida real dos governados, leva estes ao desespero, normalmente, acaba mal para os primeiros.

1 comentário:

  1. Se é verdade que a História não se repete, também é verdade que o conhecimento dos ERROS do passado, pode permitir, no presente, evitar cometer esses mesmos ERROS e, assim, tentar construir um futuro mais justo, isto é, melhor.
    Por isso, não seria mau que os nossos governantes dessem, de vez em quando, uma vista de olhos pela História, aprendessem alguma coisa e, quiçá, reflectissem primeiro, antes de tomarem medidas tão cruéis e desumanas, como as que inundam, diariamente, este país. A maioria dos portugeses estão a entrar em desespero...
    E, o desespero é mau conselheiro e, muitas vezes, incontrolável. CAUTELA!!!

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