quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

1º de DEZEMBRO - DIA DA INDEPENDÊNCIA

A revolta do 1º de Dezembro de 1640 visou, essencialmente, recuperar a independência de Portugal, que estava a ser governado pelos espanhóis, como se se tratasse de uma província daquele país.

Portugal vinha ficando, cada vez mais, empobrecido e os impostos, que os portugueses eram obrigados a pagar, ajudavam a custear as despesas da Espanha, também ela com dificuldades crescentes.

A luta que se seguiu à revolta de 1640 foi, durante anos, muito dura, mas conseguimos, sempre, deter as várias tentativas de invasão por parte do exército espanhol sendo, finalmente, em 1668, assinado o Tratado de Lisboa, que põe fim à guerra e, em que a Espanha reconhece a independência de Portugal.


Acabar com este feriado, comemorativo da capacidade demonstrada pelos portugueses de então de lutar pela nossa soberania contra os, aparentemente, mais poderosos, num momento em que se deve cerrar fileiras, impedindo que nos roubem, de novo, a independência nacional, é um acto de miopia política, ou, pior ainda, é uma acção ponderada de quem está disposto a abdicar da soberania, desta feita, a favor da Alemanha e seus aliados, que representam, ideologicamente, a defesa do capital explorador que age, cegamente, sem dó nem piedade, principalmente sobre as classes que menos defesas têm.

Apetece-me pensar, que muitos dos que são a favor da supressão deste feriado, símbolo da nossa determinação em não aceitar que nos subjuguem, lá no íntimo, não se importariam de apenas o trocar pelo dia    3 de Outubro, dia da unidade alemã, que naquele país se comemora exactamente com um feriado.

Traidores!!!

1 comentário:

  1. Olá!!

    É verdade, este governo, para além de desvirtuar a noção de democracia (auxiliado pelo senhor presidente da república, cavaco silva - atentem que está tudo em minúsculas e não é devido ao novo acordo ortográfico) está a minar o futuro e a desconstruir pedra por pedra o que se alcançou até agora.

    Mas também temos de ser justos numa questão que apesar de não estar directamente implicada, deve ser tida em conta; a noção da memória e da história (portuguesa e europeia) está perdida há algum tempo porque nestes dias, a inércia de um feriado tomou conta da celebração de um dia que por mais simbólico que se torne (este e outros, como o 5 de Outubro, 25 de Abril e 10 de Junho) deve pelo menos ser reconhecido.

    A culpa não é só do sistema de ensino nem da (falta de) cultura que se instalou, é de sucessivos governos que permitiram que estes feriados se tornassem descartáveis. Tenho a certeza que com outra tradição, mais vozes se levantariam contra estas medidas de anulação de feriados.

    Um abraço!

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