domingo, 4 de dezembro de 2011

A HISTÓRIA NÃO SE REPETE, MAS…

Tem sido evidente, que, sistematicamente, se tem vindo a adiar as soluções para a chamada “crise”, com enormes prejuízos, sobretudo, para os países com menor capacidade de reacção, ou porque são mais pobres e, portanto, mais vulneráveis à especulação dos mercados financeiros ou porque o seu sistema produtivo foi oportunistamente desmantelado por razões da política estratégica definida pela União Europeia.
A Alemanha, que comanda esse processo de adiamento, não o está a fazer por acaso, mas bem pelo contrário, parece prosseguir uma estratégia bem definida, mas não divulgada, que acabará, se tal for consentido, a possibilitar o seu controlo, sobre todos os outros países comunitários, primeiro do espaço Euro e depois sobre os restantes da Comunidade.

A História não se repete, mas vale sempre a pena lembrar certos factos do passado recente, de forma simples, como meros apontamentos para reflexão.

A 2ª Guerra Mundial, cujo fim ocorreu apenas há cerca de 67 anos, resultou, em grande medida:
a.        de um forte sentimento nacionalista, por parte dos alemães, no pós derrota da 1ª Guerra Mundial;
b.      por outro lado, como defendia Adolfo Hitler, da “necessidade” que a Alemanha tinha de se expandir - “precisava de mais espaço vital” dizia ele;
c.       e ainda, dos efeitos da Grande Depressão, que ocasionou a ascensão dos regimes de extrema-direita, como foi o caso dos nazis, na Alemanha.

Curioso notar que Hitler, que era Austríaco, natural de uma aldeia próxima da fronteira alemã, e filho de um simples funcionário das alfândegas, gostaria de se ter dedicado à pintura e à arquitectura e, só depois de ter ido para Viena, onde viveu com dificuldades, é que se começou a interessar pela política, adquirindo então a crença “na superioridade da Raça Ariana”.
Nasceu em 1889 e vem a auto-intitular-se Fuher (líder) da Alemanha em 1934.

Pois bem, Hitler, que, inicialmente, manifesta os seus objectivos como pacíficos, começa por remilitarizar a Renânia, anexa a Áustria e incorpora os Sudetos, destruindo a Checoslováquia.
Só quando avança sobre a Polónia é que franceses e ingleses resolvem fazer-lhe frente, iniciando-se assim a 2ª Guerra Mundial.
Esses “objectivos pacíficos” de Adolfo Hitler e dos nazis, ocasionaram a morte de cerca de 60 milhões de pessoas, dos quais 20 milhões eram soldados e 40 milhões eram civis, sendo que 80% dos mortos eram do lado dos Aliados.
Para além da matança de cerca de 6 milhões de judeus, foram, igualmente abatidos 5 milhões de outros considerados “indignos de viver” (incluindo deficientes, doentes mentais, homossexuais, maçons, testemunhas de Jeová e ciganos) como parte de um programa de extermínio deliberado.

Pois bem, a senhora Merkel, continua a afirmar que a Alemanha não quer mandar na Europa, nem quer a sua divisão, nem o fim do Euro, mas a verdade é que aparece agora com a ideia peregrina da União Orçamental, revelando, assim, aos poucos, as suas intenções de impor regras que, se avançarem, implicarão a hegemonia, por parte da Alemanha, sobre a soberania dos restantes países da Comunidade.

E tudo isto está a acontecer pacificamente…

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