
Questionado
acerca da Manifestação de Sábado passado, Vitor Gaspar disse que “não está preocupado com questões de popularidade”.
Não
está, mas deveria estar, porque POPULARIDADE é o “carácter ou qualidade de uma
pessoa que tem a simpatia do povo”, o que no caso deste ministro das Finanças
não acontece, por razões óbvias.
Mas o
que importa salientar desta afirmação de Gaspar é que ela denota a postura
deste “técnico” perante a população portuguesa, mesmo que a Manifestação tenha
tido a dimensão que teve e, que tenha resultado da situação de desespero a que
vamos chegando, mercê das políticas que ele e o Governo nos vão impondo.
Para
esta “cambada” no Governo o que os portugueses pensam ou deixam de pensar, sofram ou
deixem de sofrer é-lhes completamente indiferente, mau grado a forma
crescentemente dolorosa de como vamos ficando cada vez mais pobres e cada vez
mais tristes.
Ser
popular, portanto, ter ou não ter a simpatia do povo não conta para este
Ministro das Finanças.
O que
lhe interessa é ser reconhecido em Bruxelas como cumpridor das ordens que lhe
dão e, assim, garantir um “tacho dourado” quando daqui for corrido.
Vitor
Gaspar, com aquele arzinho de padre de aldeia, já não engana ninguém.
A propósito desta arrogante afirmação, lembrei-me de um memorando enviado ao rei francês, Luís XVI, em 1786 , pelo seu ministro das Finanças, Charles-Alexandre Calonne . Dizia ele: " É IMPOSSÍVEL AUMENTAR IMPOSTOS, DESASTROSO CONTINUAR A PEDIR EMPRESTADO, E CORTAR DESPESA É SMPLESMENTE DESADEQUADO. "
ResponderEliminarComo o povo já não aguentava mais impostos, e vive-s, então, uma fase de recessão agudizada pelo esgotamento do tesouro público, o rei resolve convocar os Estados Gerais, para estender os impostos também aos privilegiados. A recusa peremptória dos grandes senhores em abdicarem das suas prerrogativas, e a degradação da situação económica, financeira e social contribuiram para fim do Antigo Regime.
A tomada da Bastilha, em 14 de Julho de 1789 , provoca o fim da Monarquia Absoluta , surge a Monarquia Constitucinal que acaba por ser derrubada e dar lugar à República burguesa e ao fim dos grandes privilégios dos dos grandes Senhores.
LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE, foi o lema da revolução francesa,princípios que os nossos governantes não conhecem ou já se esqueceram.
CUIDEM-SE SRS. GOVERNANTES, CUIDEM-SE....