quarta-feira, 6 de março de 2013

GASPAR e a POPULARIDADE


Questionado acerca da Manifestação de Sábado passado, Vitor Gaspar disse que “não está preocupado com questões de popularidade”.
Não está, mas deveria estar, porque POPULARIDADE é o “carácter ou qualidade de uma pessoa que tem a simpatia do povo”, o que no caso deste ministro das Finanças não acontece, por razões óbvias.

Mas o que importa salientar desta afirmação de Gaspar é que ela denota a postura deste “técnico” perante a população portuguesa, mesmo que a Manifestação tenha tido a dimensão que teve e, que tenha resultado da situação de desespero a que vamos chegando, mercê das políticas que ele e o Governo nos vão impondo.

Para esta “cambada” no Governo o que os portugueses pensam ou deixam de pensar, sofram ou deixem de sofrer é-lhes completamente indiferente, mau grado a forma crescentemente dolorosa de como vamos ficando cada vez mais pobres e cada vez mais tristes.

Ser popular, portanto, ter ou não ter a simpatia do povo não conta para este Ministro das Finanças.
O que lhe interessa é ser reconhecido em Bruxelas como cumpridor das ordens que lhe dão e, assim, garantir um “tacho dourado” quando daqui for corrido.

Vitor Gaspar, com aquele arzinho de padre de aldeia, já não engana ninguém.

1 comentário:

  1. Maria Emília Paulos6 de março de 2013 às 22:59

    A propósito desta arrogante afirmação, lembrei-me de um memorando enviado ao rei francês, Luís XVI, em 1786 , pelo seu ministro das Finanças, Charles-Alexandre Calonne . Dizia ele: " É IMPOSSÍVEL AUMENTAR IMPOSTOS, DESASTROSO CONTINUAR A PEDIR EMPRESTADO, E CORTAR DESPESA É SMPLESMENTE DESADEQUADO. "
    Como o povo já não aguentava mais impostos, e vive-s, então, uma fase de recessão agudizada pelo esgotamento do tesouro público, o rei resolve convocar os Estados Gerais, para estender os impostos também aos privilegiados. A recusa peremptória dos grandes senhores em abdicarem das suas prerrogativas, e a degradação da situação económica, financeira e social contribuiram para fim do Antigo Regime.
    A tomada da Bastilha, em 14 de Julho de 1789 , provoca o fim da Monarquia Absoluta , surge a Monarquia Constitucinal que acaba por ser derrubada e dar lugar à República burguesa e ao fim dos grandes privilégios dos dos grandes Senhores.
    LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE, foi o lema da revolução francesa,princípios que os nossos governantes não conhecem ou já se esqueceram.
    CUIDEM-SE SRS. GOVERNANTES, CUIDEM-SE....



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