terça-feira, 4 de setembro de 2012

A CRISE ETERNA…


O Sol há muito que nascera, mas a noite persistia…
Era terrível ver o esforço que o astro-rei fazia para romper toda aquela escuridão, sem sucesso.
As ondas do mar galgavam as rochas, batendo-lhes com inabitual violência, fazendo rolar enormes pedregulhos que se desfaziam, com fragor, no fundo das escarpas.
O vento assobiava, cortante, levando na sua esteira, enormes nuvens escuras, que se movimentavam em círculo, a uma velocidade estonteante.
Foi, então, que chegou a trovoada, na sua “melhor” forma…
Com os clarões dos relâmpagos tudo iluminava, para, logo de seguida, fazer estremecer mar e terra com os seus horrendos trovões, lançando, simultaneamente, faíscas serpenteantes, que cortavam os céus em todas as direcções.
Mas o Sol não desistira e, às tantas, conseguiu lançar alguns dos seus raios, furando toda aquela escuridão.
O vento amainou, a tempestade foi serenando e o mar tornou-se manso.

Aos poucos, os animais foram saindo dos seus abrigos, recomeçando a sua rotina, tranquilamente.

O equilíbrio, que gere a vida, vencera, de novo, a crise eterna…

Sem comentários:

Enviar um comentário